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Urna eletrônica, quem confia?

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Escrito por; Andriw Dubiela

 

Em todas as eleições desde o ano de 2000 o Brasil utiliza a famosa urna eletrônica de votação, contudo, em todos os pleitos surgem comentários e notícias a respeito da segurança do aparelho.

 

 

Como não sou técnico na área, não posso emitir opinião se elas são seguras ou não, mas quero aqui propor um exercício sobre o reflexo desta desconfiança no processo democrático.

 

 

Vemos com frequência o eleitor em dúvida sobre se seu voto foi computado corretamente, se votou corretamente e se o sistema funcionou corretamente. Com isso já existe uma proposta de impressão do voto, onde após realizar a votação de forma eletrônica, a urna imprime uma cédula com o voto para conferência pelo eleitor e em seguida deposita a referida cédula na urna de lona tradicional. Tudo isso sem o eleitor ter contato com a cédula, sendo assim uma forma de tornar o processo transparente e que permita a recontagem de votos caso seja solicitado.

 

 

Porém, sempre existe alguém querendo desvirtuar as boas idéias, e com isso já existem movimentos claramente mal intencionados que querem ainda mais, ou seja, que a urna imprima um comprovante do seu voto para o eleitor levar consigo. Isso claramente é um movimento que tenta usar o processo para impor o verdadeiro “voto de cabresto tecnológico”, onde o eleitor acabará muitas vezes coagido a apresentar o comprovante após votar. Imagine você votar e em seguida ser cobrado, por exemplo, pelo seu chefe do trabalho a apresentar o comprovante do voto no candidato que ele indicou, ou seja, o voto não seria mais secreto pelo processo.

 

 

Outro ponto importante é termos cuidado e simplesmente não demonizar a urna eletrônica. Lembremos que a mesma urna eletrônica elegeu Lula, Dilma e Bolsonaro presidentes do Brasil. Elegeu, reelegeu e depois talvez não elegeu inúmeros vereadores, deputados, prefeitos, etc, o que nos mostra que se tal sistema fosse corrompido, iríamos eleger sempre os mesmos em todas as esferas, assim como ocorre em país com eleições problemáticas como Coréia do Norte (Sim, lá existem eleições) onde só existe um candidato à presidência, e este conquista 100% dos votos. No mínimo curioso não é mesmo?

 

 

Por fim, este texto tem como intenção mostrar que transparência é importante no processo democrático, porém sempre sem comprometer o sigilo do voto que com certeza é a maior arma do cidadão na busca por mudanças reais na sociedade.

Equipe Gazeta
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