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Tresbarrense comemora 1º ano de formação na Escola Preparatória de Cadetes do Exército – Academia Militar das Agulhas Negras

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Neste sábado, 16, de dezembro a Tresbarrense e  Aluno Sprotte ( Helen Sprotte) comemora seu primeiro ano de formação na Escola Preparatória de Cadetes do Exército. Helen Cristina Bileski Sprotte, é filha da Professora Teodosia Bileski Sprotte e do Capitão do Exército Brasileiro Antônio Renato Sprotte.

 

A Tresbarrense que cresceu no campo de instrução Marechal Hermes (CIMH) faz parte da sétima turma com mulheres da linha de ensino Militar Bélico.

Foto: Aluno Sprotte

 

Hoje deixa um pedacinho das terras contestadas eternizado na casa rosada em Campinas e segue sua carreira na Academia Militar das Agulhas Negras.

Foto: Aluno Sprotte

Conheça um pouco mais sobre a AMAN – Academia Militar das Agulhas Negras

A Academia é reconhecida por ser um estabelecimento de ensino secular do País, originado da Academia Real Militar de 1810. Suas instalações são consideradas uma obra de arte imponente, desde 1944, às margens da rodovia Presidente Dutra, na cidade de Resende-RJ.

A saudosa “alma mater”, como é conhecida por aqueles que por ela passam, faz parte do acervo histórico da Nação. Considerada um patrimônio nacional, nesses mais de dois séculos de existência, foi submetida a várias reformulações estruturais e curriculares, sempre buscando o equilíbrio entre as mudanças em curso na sociedade brasileira e a manutenção das tradições e valores éticos e morais caros aos militares da Força Terrestre.

Em 9 de fevereiro do corrente ano, 416 (quatrocentos e dezesseis) jovens cruzaram o portão de entrada dos novos cadetes, um a um, numa cerimônia que ocorre há 75 anos, em Resende, como parte de um ritual. Aquele momento, repleto de simbolismo, além de exaltar o esforço e a conquista individual de cada cadete, mostra que a formação militar dentro daqueles muros é solene e cerimoniosa – digna dos que terão que fazer do seu ofício, seu ideal de vida.

Possuidores de condições socioeconômicas distintas, aliadas às diferenças regionais marcantes, os cadetes e as cadetes, durante a realização do curso, veem cair por terra qualquer resquício de estratificação social ainda existente, pois todos são colocados diante das mesmas condições. A diversidade nunca foi problema na AMAN; pelo contrário, ela fortalece o senso de alteridade e acelera o surgimento do espírito de corpo, fundamental nos cursos de formação militares e para o prosseguimento da carreira.

A AMAN vai muito além de uma escola de formação profissional. É uma instituição de civismo, formadora de opiniões, de lideranças, de civilidade e de tradições e valores, além de desenvolver talentos e habilidades psicomotoras; enfim, é uma escola de vida que proporciona uma experiência de crescimento pessoal inconteste, assim como são todos os outros Estabelecimentos do Sistema de Ensino do Exército Brasileiro.

Uma característica marcante da Academia é que ali a competição entre cadetes é saudável e incrivelmente colaborativa. Lá se aprende, desde cedo, que “quem sai junto, chega junto” e que “ninguém fica para trás”. Esses dogmas castrenses atuam na contramão da disputa gananciosa, da rivalidade destrutiva e do individualismo. Para ser bem sucedido no curso, é preciso interagir e buscar sinergia, que é alcançada com trabalhos em equipes, doação e participação. Cada cadete enfrentará limitações e dificuldades que serão superadas com a força individual e o apoio do grupo.

Os resultados auferidos a partir desse espírito coletivo vão, aos poucos, forjando uma identidade única e construindo o que será a “personalidade”, a marca da turma, durante e após a formação. Cada aspirante formado leva consigo um pouco dessa espécie de natureza da sua turma, que o acompanhará durante toda a carreira militar.

O mais curioso é que essa “família” que se forma a partir daqueles bancos escolares nunca mais se desfaz. Exemplo disso são as tradicionais reuniões de turma de 10, 20, 30, 40, 50 anos de conclusão do curso, eventos grandiosos, carregados de saudosismo e que renovam o espírito de corpo e marcam os ciclos de maturidade profissional atingidos pelo grupo na Força.

A Academia é um mundo à parte, mas não está afastada dos movimentos e das tendências que marcam a conjuntura e modernidade. O cadete tem à sua disposição práticas de orientação pedagógica, psicológica e religiosa e atividades culturais, artísticas, esportivas e de lazer. O objetivo é fortalecer a participação social e torná-lo um representante preparado para contribuir no desenvolvimento da estrutura familiar e da comunidade a qual pertence.

Não se pode esquecer que a AMAN é uma das escolas inseridas no campo das Ciências Militares. Dessa forma, prepara para a guerra com formação peculiar presente nas escolas do Ministério da Defesa, da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira.

Acompanhando as tendências dos conflitos modernos em cenários de emprego em múltiplos domínios, os quais o fator humano se destaca como a variável de maior complexidade, a formação na AMAN, ao contrário do que muitos pensam, precisa ser plural, abrangente, multidisciplinar e crítica. O futuro chefe militar, na AMAN, aprende a raciocinar sob pressão, a ser flexível e resiliente e a durar na ação porque, na guerra, os mesmos problemas exigirão distintas soluções.

Por fim, pode-se afirmar que a AMAN tem um compromisso com o País de, a cada ano, entregar à sociedade brasileira um grupo de jovens capacitados no campo cognitivo, desenvolvidos no campo afetivo e aperfeiçoados no campo psicomotor. Cada cadete é preparado para desempenhar seu papel como profissional e cidadão e leva, na sua espada, a representação daquilo que dá sentido nobre à carreira militar: a Pátria e o Dever.

 

Equipe A Gazeta Tresbarrense
Equipe A Gazeta Tresbarrense
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