Quem me dera um dia, reencontrar as forças que tão remediadas eram e que faziam daquele camponês metropolitano o cara das virtudes. Quem me dera um dia, revivesse aquele segundo e último abraço que me tiravam o cansaço e a fadiga exagerada de um moleque travesso.
Oh quem me dera ver, o que ninguém viu e sentir o afago das mãos fatigadas e de uma maciez redundante. Seria perfeito oh mãe! Seria “massa” como dizem os peraltas por aí. Pena que nem tudo ocorre da maneira que imaginamos ou queremos, muito embora, as sementes são lançadas no solo mais nem todas são aceitas pela senhora terra, fica sempre as vãs desprezadas pelo veranico da dúvida e da inquietação. São 28 anos de cuidado, assim relatou o pequeno e útil zelador. Como assim meu senhor? Questionei perplexo! Nem se quer notei os 28 dos “vinte e oitos” daqueles “cinco” mensais que por hora receberam aplausos e felicitações.
Tudo passou muito rápido, nem pude dizer aquelas únicas palavras e frases verdadeiras. Nem esperou o dia nascer, nem deixamos as caricaturas do cotidiano, embelezar a lousa da nossa existência. Mas o respeito é bom e todo mundo gosta, assim já diz a minha matriarca, então que assim seja. Não vou desrespeitar a sua condição ideológica, muito menos passar por cima daquele tom com gosto de veracidade e bom agrado. É neste sonho de Ícaro que fecho as cortinas do grandioso espetáculo enquanto aguardo a chegada do embrião deste “ser” chamado “futuro” e nada mais que isto, apenas aguardar a vinda daquele que nunca partiu.
Autoria: Jota Júnior
