Eu estou cansada
Cansada de sair na rua
e me sentir atacada
Cansada por não poder
Usar uma roupa,
Pois a sociedade
Julga como “INADEQUADA”
Estou cansada, cansada
De falar, falar, quase gritar
E ninguém me escutar
Vocês dizem, olha o tanto
De coisas que vocês conquistaram e querem igualdade?
Não, eu não quero igualdade
Eu quero equidade
Eu quero poder andar
De noite sozinha pela cidade
Sem ter medo daqueles
Que me olham com maldade
Sem ter medo cada vez que estiver sozinha com um homem,
Não dele me matar,
Mas de me estuprar
Desculpa a palavra sem censura,
Mas eu preciso ser dura
Algumas pessoas
Não sabem ouvir um não
E isso me tira o chão,
Pois em pleno século 21
Temos medo de desaparecer em cada esquina
Só pelo fato de sermos meninas
Dizem: “vocês são mulheres
São frágeis ao fazer um trabalho de homem
É óbvio, vão fracassar”
Então agora vamos conversar
Se tem alguém aqui que acha que não somos capazes de fazer o trabalho de “RAPAZES”
Sinto em lhe falar
O que a gente aguenta sorrindo
Vocês começariam a chorar
Somos capazes
Somos fortes
Só queremos que comecem a nos respeitar!
Poderia escrever ou falar isso sem parar, mas vocês sabem o que vou dizer
Vivemos na mesma sociedade
Só não vê quem não quer ver
Poema escrito pela estudante kailaine Lopes do 2º1 da EEB Frei Menandro Kamps sob a orientação da professora Patrícia Drosdek Corrêa