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Síndrome de Burnout

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Emanuele Guimarães. Psicóloga. Doutoranda em Psicologia pela Universidade de Flores (UFLO).

Évelyn Bueno. Advogada. Mestranda em Desenvolvimento Regional pela Universidade do Contestado (UnC).

 

 

A síndrome de Burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, está necessariamente relacionada ao trabalho. Em tradução literal do inglês, burn (queimar) out (exterior). A síndrome de Burnout é um transtorno que se desenvolve em situações de estresse constante ou prolongado no ambiente de trabalho, e caracteriza-se por um conjunto de sintomas que refletem no esgotamento do trabalhador, dentre os quais pode-se elencar: a falta energia física e mental; perda do interesse pelo labor e sentimentos de autodesvalorização.

 

 

Entre os fatores que podem desencadear o Burnout, estão: excesso de responsabilidades, pouca autonomia para tomar decisões, carga horária excessiva, falta de reconhecimento, entre outros.

 

 

Os profissionais da saúde estão na lista dos mais afetados por essa síndrome, pois atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes. Especialmente no cenário atual, com a eclosão da crise sanitária do Covid-19, os aspectos que ocasionam a síndrome são muito mais incisivos.

 

 

Ainda no cenário da pandemia, outros setores profissionais foram impactados com grandes responsabilidades, como exemplo os professores, que precisaram adequar-se a uma nova realidade de ensino. Cabe destacar também, que com o advento do home office (work from home), demais trabalhadores tiveram que adequar suas rotinas, notadamente ao conciliar o ambiente domiciliar com o laboral, tarefa árdua, na medida em que, além de cumprir prazos, precisam ter disciplina para realizar tarefas do trabalho sem afetar o ambiente familiar.

 

 

Logo, a síndrome de Burnout se manifesta por causa do excesso de trabalho, ou seja, quando o labor causa estresse, ansiedade e nervosismo intensos. O indivíduo chega no seu limite, físico e/ou emocional, sentindo-se extremamente cansado, desmotivado e esgotado. Os sintomas podem ser físicos ou emocionais, como dores de cabeça, cansaço, dor muscular, problemas gastrointestinais, fadiga, ansiedade, depressão, irritabilidade, alterações no sono, falta de criatividade.

 

 

Os três elementos principais que caracterizam o Burnout e o diferenciam de outras condições são: exaustão, ceticismo e ineficácia.

 

 

Em relação à exaustão, trata-se mais do que um simples cansaço, a pessoa tem a sensação de que está indo além de seus limites. Férias ou licenças não resolvem o problema.

 

 

No aspecto vinculado ao ceticismo, a pessoa possui uma reação constantemente negativa diante das dificuldades, que pode traduzir-se na ausência de interesse com o trabalho. Por outro lado, no que tange a ineficácia, o indivíduo sente-se incompetente, desqualificado e improdutivo.

 

 

Recentemente, com a realização das Olimpíadas, alguns atletas manifestaram-se no sentido se estarem inseridos na síndrome de Burnout, diante das dificuldades de manter o foco no treinamento durante o período de quarentena e mesmo assim serem intensamente cobrados em fornecer bons desempenhos. Importa salientar que a síndrome de Burnout é a porta de entrada para outros problemas de ordem psicológica, especialmente a depressão.

 

 

Portanto, esteja atento à sua própria satisfação profissional, e em situações adversas, procure ajuda. O tratamento da Síndrome de Burnout, assim como outros problemas psicológicos, é realizado por psiquiatras e psicólogos.

Equipe Gazeta
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