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Setembro Amarelo: Prevenção ao suicídio

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Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza, em território nacional, o Setembro Amarelo. Dessa forma, o dia 10 do mês de setembro é, oficialmente, considerado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

 

 

O suicídio é considerado um grande problema de saúde pública que deve ter a atenção de todos. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os anos, mais pessoas morrem como resultado da tentativa de suicídio do que da consequência do HIV, malária, câncer de mama ou guerras e homicídios. Antes da pandemia de Covid-19, a cada 40 segundos uma pessoa cometia suicídio ao redor do mundo, porém, pós-pandemia, estima-se que este número pode ter aumentado.

 

 

No Brasil, para uma estimativa de 100 mil homens, 12,6% cometem suicídio e, em comparação com a mesma quantidade de 100 mil mulheres, a porcentagem de mortes por suicídio é de 5,4%.

 

 

O comportamento suicida e a doença mental podem ser uma das causas para o suicídio, no entanto, não se trata de afirmar que todo suicídio se relaciona a uma doença mental, nem que toda pessoa com transtorno mental irá se suicidar (DAMIANO et al, 2021).

 

 

Para combater o suicídio é preciso falar sobre suicídio, pois 95% dos casos de tentativas e de casos que acabam em mortes por suicídio podem ser evitados se forem prevenidos. A informação, como forma de prevenção, pode salvar milhares de vidas, no entanto, se nos calarmos diante deste assunto, podemos estar contribuindo para o alastro de uma “pandemia silenciosa” que irá cada vez mais atingir índices mais altos de casos suicidas.

 

 

Aumentar a consciência pública não é só prevenir o suicídio, mas também promover uma mudança de atitude. Para muitos, o suicídio continua sendo ficção até acontecer com alguém próximo seja este um familiar ou um conhecido.

 

 

As campanhas constituem uma das várias formas de atuação na prevenção. Falar, desmistificar e aprofundar as discussões sobre o tema, produzindo e propagando informações e conhecimentos acerca da questão, é, portanto, uma valiosa estratégia para a prevenção.

 

 

 

Se você se encontra diante de alguém que está demonstrando que o suicídio é uma possibilidade, fique calmo, ouça e mostre empatia. Não duvide ou minimize o risco, leve a situação a sério e verifique o grau de risco, perguntando sobre possíveis tentativas anteriores e ficando atento a instrumentos ou comportamentos potencialmente letais. Se possível, consiga ajuda e identifique outras formas de dar suporte emocional. Em caso de risco iminente, fique com a pessoa até que seja possível ampliar as possibilidades de apoio. Lembre-se que a experiência de cada pessoa é única e as estratégias de apoio devem ser pensadas também de forma individualizada, buscando adequá-las ao contexto e às possibilidades de cada um.

 

 

Referências:

 

DAMIANO, Rodolfo F.; LUCIANO, Alan C.; CRUZ, Isabella D’Andrea Garcia; et al. Compreendendo o suicídio: Editora Manole, 2021. E-book. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555765847/. Acesso em: 09 set. 2022.

 

Autoras:

 

Ana Patricia Nunes Lucasievcz – Acadêmica do crso de Psicologia da UnC – Campus Canoinhas. E-mail: [email protected]

 

Príncela Santana da Cruz – Docente do Curso de Psicologia da UnC – Campus Canoinhas e Psicóloga Clínica. CRP: 08/22273 – 12/18930. E-mail: [email protected]

Equipe A Gazeta Tresbarrense
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