O Governo Federal enviou ao congresso a tão importante PEC da reforma da previdência. Com isso começaram as militâncias a favor e contra a proposta feita pelo governo.
Mas, quais são as principais alterações que acontecem com a reforma?
A principal, mais impactante e que é usada como principal arma dos contrários à reforma é a idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 para homens.
Tirando essa premissa que atingirá a todos, os principais afetados são os que fazem mais barulho e estimulam os militantes, esses afetados são os servidores públicos, judiciário, políticos e forças armadas. O barulho que esses poucos fazem se espalha por pessoas que muitas vezes nem serão atingidas que servem como massa de manobra dessa turma. E assim veremos muitas reações contra a reforma.
No geral, a reforma é boa, embora muitos especialistas acreditem que deveria ser mais dura. Enfim, o governo espera economizar mais de 1 trilhão de reais em 10 anos, se vai conseguir não se sabe, mas tem potencial para conseguir.
Fato é que a reforma é de extrema necessidade, o déficit da previdência em 2018 foi de 266 bilhões de reais, e o previsto para 2019 é de 292 bilhões de reais. Se continuar nesse ritmo, em menos de 10 anos a previdência se tornará insustentável, aí sim a coisa ficaria complicada.
Se a previdência colapsar, não terá aposentadoria, teremos fuga de capital do país e suspensão de investimentos, sem contar com a inflação e desemprego. Essa é a receita para uma crise no melhor estilo Venezuela aqui no Brasil.
Muitos “economistas” de esquerda trazem a solução perfeita, cobrar a dívida de grandes empresas que devem para o INSS. Vamos considerar o cenário perfeito, onde nenhuma dessas empresas faliu e todas ainda existem e são lucrativas, cobrando tudo que essas empresas devem, o valor só cobre o déficit por dois anos, e depois de dois anos o que seria feito? Mas vamos aos fatos, boa parte dessas empresas nem existem mais, já faliram a muitos anos, outras já tem a divida negociada e estão pagando, claro, tem as que não querem pagar, mas cobrar a divida dessas empresas pode resultar em demissões até a falência da empresa. Ou seja, não é tão simples assim.
Outra critica é que a reforma deve começar pelos políticos, ora pois, essa reforma faz exatamente isso. Que bom seria se todos os políticos fossem do partido NOVO, estes abriram mão do direito a aposentadoria.
Aliás, nesse ponto, muitos políticos deixaram a desejar, durante a campanha somente os candidatos do NOVO se diziam favoráveis a uma reforma da previdência, enquanto o próprio Bolsonaro dizia que devia se aumentar somente em 1 ano a idade mínima e estaria resolvido o problema. Quando assumiu o governo viu que não é bem assim que funciona. Faltou coragem ou conhecimento para o Capitão dizer que iria fazer uma reforma de verdade.
Será que isso seria uma quebra de promessa de campanha do presidente eleito?
Enfim, vamos aguardar os próximos capítulos, pois o projeto de Reforma da Previdência pode ser desfigurado na Câmara Federal ainda. Sinceramente, espero que o projeto seja aprovado o quanto antes.
Claro que o melhor seria tornar opcional o INSS, como foi feito com o imposto sindical, eu pagava quase 1000 reais por ano para o sindicato, agora não preciso mais pagar isso, para o INSS o desconto é consideravelmente maior.
Vamos torcer para essa liberdade ser incluída na reforma.
Falando em quebrar promessa…
Não aconteceu a tão espera correção na tabela do Imposto de Renda, ora, na campanha Bolsonaro dizia que faria essa correção, eu estou aguardando ansiosamente por ela. Sei que é meio em cima da hora pra pedir isso a um governo que tem somente 60 dias, talvez nem fosse possível fazer essa mudança em tempo, então vamos aguardar até 2020 para avaliar, mas se não corrigir, menos um ponto para o governo.