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Começamos esta pequena porém ousada coluna da melhor forma possível a bons esquerdistas: com o pé esquerdo.

 

Imaginamos que o texto que inaugurou este espaço exigisse alguma velocidade, tendo em vista que o processo de isolamento seguia se deteriorando a passos largos. Perdemos também este bonde do tempo, já que parece que as coisas cada vez mais estão de volta “ao normal”.

 

E aí que nos faltou uma atuação que costuma ser importante: a apresentação. E ela chegou, embora talvez não seja propriamente uma apresentação no sentido mais usado desse termo.

 

Isso porque nós somos um coletivo, um agrupamento de pessoas que, embora reunidas, ainda não formamos uma organização, propriamente dita. Somos um pequeno grupo do que as novas direitas costumam chamar de “Comunistas”. Bom, por sermos um grupo, tem uns de nós que inclusive são realmente comunistas. Mas isso fica pra outro dia, não pretendemos falar sobre cada pessoa que envolve o coletivo. Pretendemos falar sobre coletividade.

 

Todos nós temos dentro do peito uma inquietação que não parece ter fim. Uma raiva que não se esgota, uma indignação que cada dia mais parece querer saltar pra fora do corpo. Não conseguimos conceber que as pessoas vivam tranquilamente enquanto há tanta desigualdade no mundo e enquanto essa desigualdade se expressa de formas tão violentas e cada vez mais.

 

Viemos de diversas origens, com diversas histórias, mas trazemos em comum o sentimento de que a primeira, a mais urgente prioridade de qualquer governo nessa nossa terra colonizada precisa ser a redução das desigualdades e a promoção de uma sociedade mais cooperativa entre si.

 

Assim como a maioria (gostaríamos de falar na totalidade, mas sabemos que qualquer regra tem sua exceção) de vocês que eventualmente nos leem agora, fomos ensinados a respeitar valores e instituições sociais, aprendemos a dar valor à família, aos bons costumes e especialmente ao trabalho.

 

E é justamente pela profunda valorização do trabalho que caminha nossa revolta, porque queremos, precisamos e estamos nos dispondo a batalhar em prol da valorização do trabalho, o respeito aos direitos do trabalhador e do pequeno empresário que diariamente entregam todas suas forças em busca de uma vida melhor.

 

Não cabe na nossa cabeça que os super ricos praticamente não paguem impostos, enquanto nós assalariados ou pequenos empresários somos massacrados por impostos sobre todo o nosso consumo e renda.

 

Não conseguimos aceitar que a classe política continue sendo mera prestadora de serviços a essa elite brasileira que consegue ser contra a doação de marmitas a pessoas em situação de rua. E não vamos mais deixar que essas coisas passem em branco, não vamos mais ficar quietos.

 

Para onde vamos a partir disso, em tempos de pandemia, é complicado dizer. Mas precisamos ir a algum lugar. Costumamos dizer que a única saída pra crise política é a própria política.

 

Queremos dizer com isso que é necessário e urgente que cada vez mais pessoas comecem a interessar-se por política e comecem a participar ativamente da vida política que as envolve, seja em uma associação de moradores de bairro, em um sindicato, em um coletivo ou associação em geral, seja em partidos ou movimentos políticos propriamente ditos.

 

Lógico que nossa militância envolve esta participação sob uma ótica de esquerda e embora isso já esteja claro, não nos custa afirmar novamente. Acreditamos que é necessário e absolutamente urgente que a gente consiga firmar uma posição de existência, especialmente pela ampla hegemonia do pensamento de direita na nossa realidade diária, de pequenas cidades do interior.

 

Estamos nessa e entramos nessa pra não apenas falar sobre nossas posições ou sobre a formação da nossa ideologia, mas porque queremos também aprender: aprender a nossa história, aprender sobre a nossa gente, aprender sobre o que acontece com aqueles que nos cercam.

 

Então talvez mais importante do que para onde vamos, seja que vamos juntos.

Equipe Gazeta
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