InícioDestaqueQUAL VIDA VALE A PENA SER VIVIDA?

QUAL VIDA VALE A PENA SER VIVIDA?

Últimas notícias

A reflexão acerca da vida que vale a pena ser vivida possibilita questionamentos com relação a moral, liberdade e, sobretudo, sobre a forma com que se encara a existência. Ou apenas sobrevive! Qual vida vale a pena ser vivida? Qual o propósito da existência? Somos livres para tomar as decisões ou determinados – seja pela sociedade ou pelos sistemas que compõem a realidade a nossa volta? O que é a felicidade? Faremos reflexões acerca destes temas neste artigo inaugural da coluna “Filosofando”.

 

 

 

Esta última questão – sobre a felicidade – nos intriga. Estamos vivendo um mundo de aparências, de rapidez de informações e, sobretudo, bombardeados diariamente pelo marketing. Todo momento recebemos informações que determinado produto irá nos trazer felicidade e bem-estar, porém é apenas um jogo de marketing. A busca constante pela satisfação das necessidades criadas nos coloca diante de um sistema cruel de constante busca pela satisfação corporal, emocional, psicológica…

 

 

 

O ser humano é um ser insatisfeito por natureza. O marketing descobriu isso e se utiliza dessa descoberta para impulsionar as vendas. Isso faz girar um sistema de vendas e criação de necessidades. O poder de compra possibilita satisfação, mas rapidamente essa satisfação perde espaço e surge uma nova necessidade. E assim o sistema econômico gira, tornando o ser humano instrumento para atingir determinados fins de mercado.

 

 

 

Este contexto apresenta uma visão teleológica da existência, ou seja, a de que há uma finalidade. Mas quais são os propósitos da existência? Por que deve haver propósito? Em outras palavras, por que existimos? Dificilmente encontraremos respostas definitivas para estas questões. Também não há uma única resposta. Cada cultura, religião e povo responde a partir do seu contexto social e da sua visão de mundo. A verdade é que não há verdade absoluta para estas questões. Não sabemos nossa origem e menos ainda o porquê da nossa existência. Sabemos que existimos. Mas para que? Cada um precisa encontrar as suas respostas, consciente de que não serão as únicas.

 

 

 

Estamos a procura do nosso lugar neste mundo. O ser humano é o único animal que faz perguntas e questiona sobre a própria existência e sabe da sua finitude, ou seja, sabe que morrerá. Isso angustia e permite buscar saídas para além da materialidade – estamos diante da religiosidade. A felicidade está intimamente relacionada com a necessidade de satisfação das angustias. Porém, esta busca pela felicidade pode nos escravizar. Seja religiosamente, psicologicamente ou pela necessidade criada de sermos bem sucedidos nos estudos ou economicamente. Será que esta vida vale a pena ser vivida? (Nos próximos artigos aprofundaremos a questão da felicidade)

 

 

 

 

Segue na íntegra o texto de um aluno Mateus Savinscki da “Escola Estadual General Osório”. Ele reflete sobre estas questões:

 

 

 

O paradóxo da vida que vale à pena me faz levantar questionamentos sobre a moral, sobre liberdade e sobre sobrevivência.

 

 

Primeiramente: os estoicos viam a eudaimonia e a ataraxia como base da boa vida. Porém, práticas ascéticas vão contra nossa biologia.

 

 

 

Segundo: Thomas Hobbes explicava no livro “Leviatã” sobre o estado natural e civilizacional, sobre politica e abordava sobre esses temas falando que basicamente é sobre segurança, mas o mesmo disse que: “se não podemos dormir com a porta de casa aberta o estado falhou”. Nesse cenário vejo que isso atrapalha a liberdade do ser com a proposta falsa de segurança.

 

 

 

Terceiro: vem Friedrich Wilhelm Nietzsche e destrói os dois cenários, propondo que a boa vida seria o desprendimento total da sobrevivência e a afirmação ao hedonismo. Explicando que viver apegado ao “cenário do conforto” é uma forma medrosa de se viver. Jogando fora a paz interior e fazendo piada com o que julgam como “Moral”.

 

 

 

Eu penso: Anos de influência externa podem ser alterados voluntariamente?

 

 

O caminho do meio seria a melhor escolha?

 

 

E se eu não quiser contribuir para construir um mundo destinado a ruínas? Existe um caminho no qual eu não interfira nesse “mito de Sísifo” que é a evolução humana?

 

 

A melhor forma de viver é aceitar a mortalidade e aceitar o hedonismo como o Summum Bonum da vida?”

 

 

 

Texto de filosofia do dia 28/02/2019

Mateus Savinski

É aluno da 2° Série do Ensino Médio.

 Leitor assíduo de filosofia.

Equipe Gazeta
Equipe Gazetahttps://gazetanortesc.com.br
Somos um jornal de notícias e classificados gratuitos. Estamos há 25 anos no mercado e nosso principal diferencial é o jornal digital.