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Percepções e realidades do estado de Santa Catarina

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Um Estado é composto pela sua população, cultura, economia e bens naturais, dentre outros componentes ou elementos. O Estado de Santa Catarina, por exemplo, diferencia-se dos demais Estados pela sua heterogeneidade cultural, política e econômica, por seus aspectos ambientais, pela geração e manutenção de postos de trabalho e também pela qualidade de vida, dentre outros aspectos.

 

 

Santa Catarina é uma das 27 Unidades Federativas do Brasil, localizada no centro da Região Sul do país, e é o 20º Estado em área territorial e o 11º mais populoso do país. Sua população humana está estimada em 7,3 milhões de habitantes. Seu território é dividido em 295 municípios, o 6º maior dentre as Unidades da Federação, ocupando uma área de 95.733 km². Comparando-se, é um pouco maior do que Portugal ou a somatória dos estados brasileiros do Rio de Janeiro e Espírito Santo, mais o Distrito Federal.

 

 

Observando os números mais recentes, o Estado de Santa Catarina tem a menor taxa de desemprego do país – 4,5% –, conforme dado divulgado na Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente aos três primeiros meses do ano de 2022.

 

 

O resultado de 4,5% é considerado estável, porque inclui a perda de 9 mil postos de trabalho em três meses, enquanto a taxa de desocupação nacional está em 11,1%. Tendo em vista que os maiores percentuais foram os da Bahia, com 17,6%, e Pernambuco, com 17%, Santa Catarina está, nesse caso, em ótima colocação.

 

 

Para esse cálculo, existe ainda outro critério, mais restrito e útil, que se restringe às pessoas com emprego formal (carteira assinada), denominado de Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mensalmente divulgado pelo Ministério do Trabalho, baseado no número de empregos abertos e fechados mensalmente.

 

 

Os números atuais desse indicador apontam que o Estado de Santa Catarina gerou 64.038 vagas formais nos três primeiros meses do ano de 2022. Trata-se do segundo melhor resultado do país em números absolutos, atrás apenas do Estado de São Paulo, com 176 mil, que possui uma população quase 7 vezes maior.

 

 

No ano de 2020, por exemplo, no período mais intenso da pandemia, o Estado obteve resultado positivo na geração de empregos, ao contrário dos demais estados do país.

 

 

Mas, afinal, por que o Estado de Santa Catarina se diferencia dos demais estados brasileiros? Os dados acima apontam que isso ocorre como consequência, principalmente ou decorrente da força ou da robustez dos setores produtivos do Estado catarinense, do maior valor agregado que alguns produtos exportados possuem, do volume de suas commodities, da diversificação da economia agropecuária, das condições agrárias – representada pelas pequenas propriedades rurais produtivas –, da diversificação industrial e de serviços, da infraestrutura para o escoamento da produção e a qualificação crescente da sua força de trabalho.

 

 

Os portos comerciais, localizados nos municípios de Itajaí, São Francisco do Sul, Itapoá, Imbituba e Navegantes, todos equipados para operar com praticamente todo tipo de carga e estrategicamente distribuídos pelos 500 km da costa catarinense fazem desse Estado uma grande promessa logística no país. Evidentemente, cada Estado da Federação possui características físicas e geográficas exclusivas, assim como concessões diferenciadas.

 

 

Não apenas os portos, mas os 23 aeroportos fazem Santa Catarina ligar-se com o mundo, destacando-se os localizados em Florianópolis, Navegantes, Criciúma, Joinville, Chapecó, Lages e Blumenau.

 

 

Complementando as vias de ligação, citamos a rodovia BR-101, que atravessa o litoral e escoa parte da produção, e a BR-470, que liga o Meio-Oeste ao Litoral (e que se conecta à BR-282 e à BR-283), pela qual circula a produção agroindustrial que é exportada pelo porto de Itajaí. Estas rodovias estabelecem o restante das interligações que o Estado catarinense precisa para expandir sua economia.

 

 

Percebe-se, principalmente nas últimas três décadas, o processo de maior crescimento das cidades do litoral em comparação às cidades do interior, processo este denominado de litoralização. Sobre este aspecto, temos que a urbanização e a expansão demográfica do litoral catarinense estão diretamente ligadas ao processo de industrialização e desenvolvimento regional, que está relacionado a diferentes atividades econômicas e até mesmo culturais. Dentre os elementos que podem ser elencados como responsáveis pela expansão urbana e demográfica da área aqui enfocadas, estão, principalmente, a soma dos fatores de atração e geração de empregos pela indústria nos grandes centros urbanos e a repulsão humana das cidades interioranas, diante da impossibilidade de todos os trabalhadores rurais se tornarem proprietários das terras e o limitado mercado de trabalho para o homem urbano.

 

 

Desta forma, o fenômeno da litoralização em Santa Catarina impacta sobremaneira nos números sobre o crescimento do Estado nos últimos tempos, fator que, somado às características culturais, à diversidade econômica e à infraestrutura para a logística do transporte de sua produção, fizeram com que o Estado catarinense mantivesse a menor taxa de desemprego do país em meio às crises econômica e sanitária.

 

 

O Estado de Santa Catarina, portanto, diferencia-se pelos aspectos culturais, políticos, econômicos e, dentre estes, pelo perfil empreendedor do seu povo, da boa vontade, da solidariedade, da cooperação e de sonhos em comum.

 

Referências

 

https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2022/05/13/sc-tem-menor-taxa-de-desemprego-do-pais-no-1o-trimestre-de-2022-aponta-ibge.ghtml

 

https://www.sc.gov.br/noticias/temas/emprego-e-relacoes-do-trabalho/santa-catarina-gera-64-mil-empregos-no-primeiro-trimestre-de-2022-segundo-melhor-resultado-do-brasil#:~:text=O%20estado%20catarinense%20gerou%2064.038,popula%C3%A7%C3%A3o%20quase%20sete%20vezes%20maior

 

https://meulugar.quintoandar.com.br/melhores-cidades-para-morar-no-brasil/

 

Jair Zaleski – Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado (UNC). E-mail: [email protected]

Jairo Marchesan – Geógrafo, docente do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado (UNC). E-mail: [email protected]

Luciano Bendlin – Docente do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado (UNC). E-mail: [email protected]

Equipe Gazeta
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