Quantas vezes você já ouviu a frase: “Os jovens são o futuro do Brasil!”? Para alguns, um argumento banal, para outros, uma aposta que se apresenta como anseio daquilo que se almeja. O futuro pode ser este próximo segundo e, se você caro leitor segue lendo este texto, ele já se tornou passado. Todavia, tomando o termo “futuro” como um vir a ser, é urgente que se constituam políticas públicas que reconheçam na juventude brasileira toda sua potencialidade para a construção de um projeto de desenvolvimento. Neste sentido, como dar condições à juventude de acesso à educação de qualidade, oportunidades no mundo do trabalho? Como reduzir as desigualdades sociais imbricadas na história da sociedade brasileira? Não seriam os jovens o “presente” deste país?
Com o mercado de trabalho e a vida adulta já aos seus pés, os jovens de hoje vem enfrentando um problema que há de se agravar nos próximos anos. As urgências de políticas públicas para a juventude, o desemprego, a falta de experiência e até o abandono de estudo, isso é muito visível no presente. O que será que o futuro terá guardado para esses adultos e para os novos jovens? A mudança terá de vir, deles mesmos, do governo e da sociedade como um todo.
A juventude tem a ambição de conhecer mais sobre a ciência e de produzir ciência. Os jovens indagadores, observadores são progressivamente limitados ao conhecimento quando não lhes é dado o acesso à educação. Quando é retirado da população o direito de pensar, de criar hipóteses, teorias e estudos, a mesma perece, pois, não há sociedade desenvolvida sem o suporte da ciência, da tecnologia e da educação.
A pesquisa e o trabalho científico são essenciais para a resolução de problemas e construção de argumentos sólidos que possibilitem conhecimento sobre a sociedade nos dias de hoje. Pode-se observar por exemplo que a pandemia afetou várias coisas, escancarando dificuldades da educação por diversas razões, principalmente, a impossibilidade de muitos jovens de acessar e de compreender os conteúdos sem o auxílio dos professores. Falta investimento, interesse de governos e da população pela juventude e suas causas. Os tempos mudaram e vão continuar mudando, apesar das dúvidas e inseguranças sobre o futuro.
Na medida que se compreende que os jovens são potência da nação, em todos os sentidos, seja no trabalho, seja nas atuações científicas, a própria sociedade vai cobrar dos governos, políticas públicas para esse fim. No entanto, é preciso começar agora a desenvolver pensamento crítico e ativo.
O panorama apresentado pela matéria escrita por Giulia Fontes na plataforma UOL em 10 de junho de 2021 intitulada: “Brasil envelhece sem aproveitar força de jovens para enriquecer, diz estudo” nos alerta sobre diferentes alcances que a inserção da juventude no mercado de trabalho contempla. O bônus demográfico apontado requer atenção de ações e políticas públicas que garantam condições e estruturas cabíveis para uma movimentação econômica que vai da promoção de vagas de emprego para esta faixa etária até seus reflexos no PIB.
Cada dado estatístico exposto nos convoca a repensar estratégias viáveis para estimular estudos, especializações (…) e procuras por trabalho digno como forma de apoiar uma geração que guarda imenso potencial para agregar em novas ideias e somar às práticas vigentes.
Por qual motivo o país não aproveitou os seus jovens por décadas? Infelizmente os jovens de hoje sofrem os impactos negativos de três décadas de governos passados. A falta de planejamento na política brasileira, o patrimonialismo, a incompreensão ou até mesmo a má-fé ao tratar a educação como um gasto, uma despesa.
Educação é investimento. E o melhor investimento que um país, uma cidade, um bairro, uma comunidade pode fazer é nas crianças e nos jovens. Neles reside a força juvenil, a criatividade, a vontade de construir uma vida diferente e digna de ser vivida. Investir nos jovens significa oferecer educação de qualidade em todos os níveis, abrir oportunidade de emprego, de salários decentes, de apoio às suas iniciativas. Se a sociedade brasileira, regional e local compreender tal condição de forma suficiente então teremos chance de nos tornarmos uma sociedade desenvolvida… Os jovens são o presente!
Cassiane Gomes dos Santos – Estudante do 2º1 da EEB Frei Menandro Kamps
Helen Hoffmann – Estudante do Pré-Vestibular Stoodi – Joinville – SC
Isabelle de Souza Pacheco – Estudante do 2º3 EEB Almirante Barroso
Jenifer Sabrine Ferraz – Estudante do 3º2 da EEB Frei Menandro Kamps
Melissa Figueiredo Silvestre – Coordenadora Pedagógica do Centro de Integração Empresa Escola do Estado de Santa Catarina – CIIE/SC
Raiane Gonçalves – estudante do 2º3 da EEB Frei Menandro Kamps
Reginaldo Antonio Marques dos Santos – Professor de Sociologia – SED/SC e SEED/PR
Sandro Luiz Bazzanella – Professor no Programa de Mestrado/Doutorado em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado (UNC).
Terezinha de Fátima Juraczky Scziminski – Diretora da EEB Frei Menandro Kamps – Três Barras/SC