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O tempo que passamos sozinhos

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Escrito por; 

Evelyn Bueno. Mestranda em Desenvolvimento Regional.
João Carlos Vicente de Lima. Especialista em Direito Administrativo. 

 

 

Na última lauda da edição de julho de 2021 da revista Super Interessante, foi publicada uma pesquisa realizada pela US Boreau of Labor Statistics, intitulada “o tempo que passamos sozinhos”, em que analisou o tempo gasto no dia a dia do cidadão americano. Muito embora a pesquisa não tenha sido realizada com brasileiros, podemos apropriarmo-nos dela como instrumento de reflexão.

 

 

A pesquisa constatou que, quanto mais envelhecemos mais tempo passamos sozinhos. Assim como, o período em que mais passamos tempo com os amigos é no fim da adolescência.

 

 

O tempo que passamos com os pais, irmãos e parentes fica em torno de 4 horas até os quinze anos, e diminui gradativamente até os 20 anos, quando ocorre uma grande queda e estabiliza-se em torno de 1 hora diária a partir dos 25 anos.

 

 

O tempo que passamos com colegas de trabalho tem o ápice entre a faixa etária de 25 a 55 anos, quando diminui gradativamente, especialmente após os 65 anos, em decorrência de afastamentos e aposentadorias.

 

 

O tempo que passamos com os filhos tem o ápice entre 30 e 40 anos. E diminui significativamente após os 50 anos de idade. Atingindo 1 hora de convivência diária aos 60 anos e, aproximadamente, 45 minutos após os 75 anos.

 

 

O tempo que passamos com o parceiro é bastante estável a partir dos 30 anos, e tem grande aumento a partir dos 60 anos, quando, aos poucos encerram-se as atividades laborais e permanecemos mais tempo em casa.

 

 

Por fim, a pesquisa constatou que, com exceção da adolescência, e dos 30 aos 32 anos, passa-se a maior parte do dia em sua própria companhia, isto é, sozinhos. Índice de solidão que aumenta exponencialmente após os 45 anos, e atinge o ápice na velhice, de modo que, na faixa dos 80 anos passamos, em média, 8 horas do dia sozinhos.

 

 

A pesquisa se mostrou muito interessante. O tempo que passamos e com quem compartilhamos no decorrer da vida, são representados por fases. Na infância e adolescência estamos inseridos em um ambiente de dependência da família. Com o amadurecimento, novos desafios e responsabilidades aparecem: trabalho, profissão, boletos, quando não temos mais tanto tempo hábil a ser dividido com familiares.

 

 

Após, vêm os filhos, e os filhos crescem, amadurecem, e precisam também enfrentar o mercado de trabalho, quando não são mais tão dependentes da família.

 

 

Bom, depois o ciclo continua, muito trabalho, casamento e depois a velhice. E com a velhice, a solidão.

 

 

Esta pesquisa nos permite refletir sobre dois aspectos, o primeiro: devemos aprender a ser uma boa companhia para nós mesmos, afinal de contas, passaremos boa parte na nossa própria companhia. O segundo: será que estamos aproveitando adequadamente, ou melhor, passando o tempo que temos disponível com as pessoas que realmente nos são queridas?

 

 

Temos tão pouco tempo com os amigos, que sejam então, com os verdadeiros amigos. Temos tão pouco tempo com os familiares, logo, passemo-los efetivamente com eles.

 

 

Passamos tanto tempo no trabalho, que seja então um trabalho que lhe faça bem ao coração. Passamos boa parte da vida com o companheiro (a), que seja então, o amor da sua vida!

 

 

A vida passa rápido, sejamos sábios para preferir qualidade à quantidade, felicidade à futilidade e, saibamos aproveitar cada precioso segundo na companhia daqueles que, inevitavelmente, sentiremos falta e tristeza por não termos aproveitado o suficiente.

 

Imagem: Gráfico da pesquisa “O tempo que passamos sozinhos”.

 

 

Referências

SUPER INTERESSANTE. Edição n. 429, julho de 2021.

Equipe Gazeta
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