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O Brilho de “MITAR”!?

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O contexto atual da pandemia, e todos os seus infelizes e trágicos desdobramentos, permitem uma reflexão sobre o sistema de ensino, e suas falhas, em aspectos importantes, muitos aliás, imaginados como exitosos, mas que no atual contexto, demonstram um lamentável fracasso.

 

 

Não algo tão recente, a inclusão de elementos, com educação sexual no contexto das aulas. Esta temática, é presente dentro dos limites da escola, há mais de vinte anos, tendo as vezes, interpretações mais, ou menos polêmicas, dependendo do lugar, e da abordagem.

 

 

Mas infelizmente, se percebe que, em muitas situações, não há um real efeito, visto o contexto da manutenção de números referentes a doenças transmissíveis, cujo números em muitos momentos trazem grande preocupação. E, se percebe que, a situações, lamentavelmente ocorrem, não por falta de informação, mas por uma postura arrogante de acreditar que, as coisas só acontecem com os outros.

 

 

Se pode supor que, se em um elemento tão importante da vida humana, como o exercício da sexualidade, as pessoas demonstram tanto descaso, ignorando informações confiáveis, cientificamente comprovadas, é de causar grande temor, as interpretações sobre aspectos mais subjetivos, que exigem mais abstração intelectual, mesmo que, sejam igualmente evidentes.

 

 

Este sentido da reflexão, nos permite direcionar as observações recentes de manifestação de uma pseudocrítica de muitos jovens brasileiros. Que tomam como sérias, algumas aberrações do conhecimento, como as falaciosas teorias que defendem uma teoria terraplanista.

 

 

Mesmo utilizando celulares, GPS (seja o aparelho em si, ou aplicativo no celular), assistindo televisão através de transmissões via satélite, sento estas tecnologias, dependentes de uma arquitetura global (isso mesmo, globo, arredondado), ainda assim a pessoa consegue afirmar que, todos estes projetos, são enganosos, e na verdade são uma alegação fantasiosa, uma grande mentira.

 

 

O que dizer então da família Schürmann? Como conseguiram fazer uma suposta viagem marítima ao redor do mundo, como não caíram nas margens do “Planeta”, ou ficaram presos nas geleiras (que é um desdobramento atual da teoria terraplanista) que ficam ao redor deste plano.

 

 

Mas, muito provavelmente, esta pandemia de bestialidade assustadora, conseguiu sua demonstração mais aguda, no ano de 2020, através das formas de cuidado com a Pandemia da COVID 19. Este grave momento da existência humana, é talvez a maior demonstração da indiferença humana contemporânea, aliada a uma militante ignorância.

 

 

Esta condição bestial de muitos indivíduos que insistem, em um posicionamento negacionista absurdo, em afirmar que os números, que são projetados por instituições sérias, são falsos. De que a doenças é apenas uma gripezinha, ou ainda que é uma estratégia comunista global.

 

 

Há que se reconhecer que, a formulação de tais “Teorias e Verdade”, é de uma criatividade de fazer inveja aos escritores de livros de ficção e fábulas. Geralmente, este tipo de atitude, era apenas uma demonstração da imbecilidade humana, e muitas vezes uma atração rumos de ação autodestrutivos.

 

 

O problema que, em grande parte, graças a essas atitudes de uma “população crítica”, o vírus já teve mutações, se pode dizer então que se adaptou, evoluiu (evolução que, infelizmente não se pode afirmar sobre uma considerável parcela da população). E por conta disso, no ano de 2021, o vírus infecta mais, e de forma mais agressiva, as pessoas mais jovens, que eram exatamente as mais céticas.

 

 

Este posicionamento “crítico” muito presente no Brasil onde, o importante, não é falar a verdade, mas ter uma resposta, por mais imbecil que possa ser, pois ser correto, racional ou coerente, deixou de ser um elemento de admiração, se passo a dar valor, ao “mitar”, não ao pensar.

 

 

Neste contexto, é possível se supor que, a COVID passará, infelizmente levando muitas vidas, infelizmente, sem que se tenha uma noção exata do tempo, em grande parte por conta das mitológicas autoridades que, investem seu tempo em dar respostas agressivas, em mitar, para depois, viabilizarem os medicamentos, em doses insuficientes, favorecendo a possibilidade do surgimento de outras versões do vírus.

 

 

Se pode concluir com esta humilde reflexão, que há uma grande necessidade, de se rever a postura humana no que tange o conhecimento. Há vacina, que em um certo tempo, irá garantir a sobrevivência humana ao COVID. Mas, enquanto não se levar a sério um outro importante tratamento, o da educação e do esclarecimento, teremos que conviver com um vírus ainda mais letal, o da ignorância negacionista, preocupada em mitar.

 

Prof. Dr. Jairo Demm Junkes

Doutor em Filosofia

Professor da Rede Pública Estadual de Santa Catarina e do Centro Universitário Leonardo Da Vinci.

Equipe Gazeta
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