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Mamães e gestantes, vocês sabem o que faz uma Doula?

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Doula: a guardiã do nascimento respeitoso.

A doula é a profissional que auxilia mulheres no período gestacional, parto e pós-parto. A palavra doula tem origem grega e significa “aquela que serve”. Esta figura sempre esteve presente nos partos. Antigamente era representada pela comadre, amiga, mãe, enfim, uma mulher que estava ao lado da gestante para auxiliá-la com apoio emocional, físico e informativo durante o ciclo gravídico-puerperal (período que compreende a gestação, parto e pós-parto). Há pouco mais de 20 anos essa atividade tornou-se uma profissão, com necessidade de curso de formação.

 

 

Além do curso de formação de doulas a maioria delas realiza outros cursos livres para agregar ao trabalho e, com isso, poder oferecer um serviço de qualidade para as clientes. É uma profissão que exige estudos e atualização constantes, pois pertence à área da saúde.

 

 

A doula é uma defensora do nascimento respeitoso, dos direitos humanos e do protagonismo da mulher na gestação, parto e pós-parto.

 

 

Estudos científicos comprovaram que a presença de uma doula no ciclo gravídico puerperal influencia positivamente a vida da mulher através de:

  • Promoção do alívio da dor do parto, com métodos naturais e não invasivos;
  • Redução do tempo do trabalho de parto;
  • Redução do stress e ansiedade, favorecendo a satisfação positiva com o parto;
  • Redução da incidência de pedidos por cesárea desnecessária;
  • Facilitação da interação mãe/bebê já nos primeiros minutos de vida;
  • Redução das probabilidades de depressão pós-parto;
  • Redução da incidência de intervenções desnecessárias e de violência obstétrica (assunto importante que abordaremos nas próximas semanas);
  • Favorecimento e facilitação da amamentação;
  • Auxílio no empoderamento da mulher, que se sente confiante para o parto;
  • Favorecimento da comunicação entre a gestante e a equipe durante o parto;

 

Doula: a guardiã do nascimento respeitoso.

 

 

A doula atua como um elo, que auxilia a mulher na conexão consigo mesma, com seu bebê, com seu parceiro e com a equipe de atendimento ao parto.

 

 

Durante a gestação seu papel é auxiliar a gestante a obter informações atualizadas, confiáveis e de qualidade acerca da gestação, do desenvolvimento do bebê e de tudo que se espera de uma gravidez, parto e pós-parto saudáveis. É durante a gestação que a doula empodera a mulher para que possa fazer escolhas com base naquilo que para ela e seu bebê melhor convém. E é também durante estes encontros pré-natais que se elabora o plano de parto: documento extremamente importante para todas as gestantes.

 

 

 

Infelizmente o sistema obstétrico brasileiro, em sua maior parte, não consegue atender à demanda de dúvidas e inseguranças das pacientes durante as consultas de pré-natal. Com atendimentos que duram em média 15 minutos e que se limitam a observar e pedir exames (e em alguns casos ainda fazer ultrassom neste mesmo período de tempo) é impossível haver uma conversa produtiva entre médico e paciente para sanar dúvidas, falar sobre as inseguranças da mãe, explicar sobre fisiologia da gestação e do parto, trazer informações sobre as vias de parto e os benefícios/prejuízos de cada uma. Por isso a doula é quem acaba auxiliando a família neste sentido.

 

 

 

Durante o trabalho de parto a doula é o apoio emocional e físico da gestante. Com métodos naturais, ela auxilia a gestante no alívio das dores do parto e lhe dá apoio emocional para que consiga passar por essa experiência de forma positiva, agradável e respeitosa.

 

 

É importante ressaltar que a presença da doula no parto jamais substitui o pai (ou acompanhante). É direito garantido por lei federal a mulher gestante ter um acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto. Já a presença da doula é garantida por lei somente em alguns estados e municípios. Mas, a boa notícia é que em Santa Catarina existe a lei das doulas (Lei nº 16.869/2016), que garante à toda mulher em trabalho de parto ter uma doula de sua livre escolha para estar ao seu lado (sem com isso perder o direito da presença do acompanhante).

 

 

Após o parto, ainda no período de pós-parto imediato, a doula auxilia a mulher no primeiro contato com o bebê, na facilitação da Golden hour/hora dourada (primeira hora de vida do bebê, onde tem-se extrema importância o contato direto com a mãe) e fica com a família em média mais duas horas após o nascimento, até ver que estejam bem e confiantes em relação ao bebê.

 

 

E no pós-parto auxilia a mulher com algumas questões advindas do puerpério, amamentação, demandas do bebê, etc.

 

 

A atuação da doula cabe também na cesárea (seja ela agendada ou intraparto), pois o acompanhamento pré-natal e pós parto é o mesmo para todas as mulheres (não depende da via de nascimento). E na cesárea também é importante a elaboração de um plano de parto (buscando tornar a cesárea mais respeitosa, com o ambiente agradável, acolhedor e seguro para mãe e bebê). E no pós-cirúrgico a doula também se mantem presente, estando ao lado da família, auxiliando no contato mãe-bebê, na Golden hour, na amamentação, enfim.

 

 

É importante destacar que cada profissional tem sua forma única de atuar, mas no geral é este o papel de uma doula integral. Existem doulas que atuam somente no pré-natal, outras somente no pós-parto, enfim, cada qual com suas preferências e particularidades na atuação.

 

 

 

Texto de Ingrid Schmidt Baldo (Guiga), doula e terapeuta da saúde feminina, atuante nos municípios de Canoinhas e Três Barras/SC. Para contato, dúvidas e acompanhar meu trabalho: Instagram: @doulaeterapeuta; email:[email protected];

 

 

Depoimentos de pacientes:

 

“Muita admiração por você e seu trabalho Guiga, desde nosso primeiro encontro você me passa uma leveza…e  foi assim que levei a gestação, tranquila e leve pois você sempre fazendo eu enxergar que iria conseguir o parto normal que eu tanto desejava, mas se não conseguisse tava tudo bem também. Ter você no momento mais importante das nossas vidas foi de extrema importância, você sempre nos dando um norte pra tudo!!! Nos ensinou e ensina muita coisa da maternidade real, não só como doula mas sim como terapeuta e mãe também. Temos só agradecer, e dizer que você fez toda diferença pra tudo ter ocorrido tão perfeito e respeitoso, e cada vez que olhamos a ——-  e lembramos de tudo o que passamos nosso coração fica quentinho de amor! Parabéns por você ser essa mulher que faz tudo por amor, você me inspira!!!”  V.A (mamãe)

 

“Gui. Agora, passado um tempinho que o nosso menino está conosco, as vezes me pego fazendo uma retrospectiva de como foi a gestação e o parto; e cada vez que isso acontece, você é quem aparece como alicerce. Sinceramente não consigo imaginar ter passado por um parto natural sem a força que você me deu. Eu, por mais que quisesse, não conseguiria passar por aquele momento sozinho. Agradeço muito pela preparação completa, desde o início da gestação até a saída da maternidade e chegada em casa.
Gostaria que todos os casais tivessem a oportunidade de serem auxiliados por alguém como você. MUITO OBRIGADO” L.V (papai).

 

(…)Ter uma doula deixou nossa experiência de pais de primeira viagem muito mais segura. Desde as aulas que antecederam o parto que foi uma troca de conhecimento e ajudou muito a sanar dúvidas, e também na hora do parto. Nos sentimos seguros, apoiados e com a certeza que com ela não estaríamos sozinhos ou silenciados caso ocorresse algum sinal de intervenção desnecessária! A Guiga nos apoiou e extraiu o melhor de nós como pais e como família. Na hora do parto suas mãos incessantes me massageando me ajudaram demais a encarar aquele momento.” A.K.W (mamãe)

 

(…) Meu sonho, era ter um parto normal, com respeito e que a ——— nascesse em um ambiente de paz, e foi para isso que procuramos a Guiga quando chegamos em Canoinhas, que nos apoiasse e guiasse neste processo. Bom, minha bolsa estourou com mais de um mês de antecedência, e agora? ———- prematura, um monte de inseguranças, atenção hospitalar incerta…. Enfim… a Guiga esteve a postos desde às 7h da manhã do dia 16 de julho de 2021 até às 10h da manhã do dia 17 de julho, sem titubear.  Viajou para Mafra, porque a ——– tinha que ter assegurada uma UTI Neonatal, que ao final não precisou.

 

Mas ainda não chegamos ao propósito da Guiga: chegando em Mafra sofri todo tipo de violência obstétrica por um profissional que se negou a induzir meu parto porque ele só estava disposto a fazer uma cesárea! O caso é que se a Guiga não estivesse conosco, a ——– teria nascido das mãos de alguém que eu não queria. Ela nos ajudou a manter nossa posição de querer um parto normal e fomos madrugada adentro em trabalho de parto, porém a dilatação não chegou, o cansaço bateu, a segurança da ——— já estava em jogo, até que decidimos esperar a troca de plantão para que ela nascesse das mãos de alguém que nos respeitasse.

 

 

E assim foi a nossa jornada, graças a Guiga o que poderia ter sido um trauma foi amenizado a momentos de amor e carinho para a chegada da ———. Somos eternamente agradecidos a vida por haver colocado ela em nossas vidas. T.A (mamãe)

Equipe Gazeta
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