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Ler ou não ler? Eis a questão

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Escrito por; 

Évelyn Bueno. Advogada. Mestranda em Desenvolvimento Regional pela Universidade do Contestado (UnC).

João Carlos Vicente de Lima. Especialista em Direito Administrativo

 

O título do artigo desta semana é inspirado na famosa frase “Ser ou não Ser, eis a questão” do também famoso Willian Shakespeare. Porém, sobre outro aspecto, a leitura.

 

 

Infelizmente, no Brasil, o hábito da leitura não é comum. O Instituto Pró-Livro, em 2012, realizou a terceira edição da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, para identificar a média de leitura anual dos brasileiros e, constatou que o brasileiro lê, em média, 4 livros por ano (enquanto cidadãos de países europeus chegam a ler mais de 20 livros ao ano, e em países asiáticos, mais de 30 livros ao ano).

 

 

 

É evidente que se trata de uma mensuração estatística, de modo que não é a regra geral para todos, logo, há brasileiros que leem muito mais, outros menos e aqueles que jamais leram livro algum durante a vida. Mas, não se trata de uma competição, afinal de contas, a leitura não deve ser uma “meta a ser atingida”, mas, uma atividade a ser prazerosamente exercida.

 

 

 

Existem inúmeros fatores que contribuem para que a criança, o jovem e o adulto não leiam, cita-se entre elas a falta de incentivo e a inacessibilidade, mas o fator preponderante é que: aprendemos que ler é chato! E, se tivermos que ler livros que não são do nosso interesse, realmente, a tarefa transformar-se-á em algo intragável.

 

 

Sempre gostamos de citar o memorável professor Pierluigi Piazzi* (1943-2015) que diz não existir quem não goste de ler, existe apenas quem não achou o seu livro. Existem milhares e milhares de obras publicadas, e tem um livro por aí que foi escrito especialmente para você, você só precisa encontrá-lo. Porém, para encontrá-lo será necessário experimentar, e, o mais importante, se estiver chato MUDA, mas continue procurando.

 

 

 

Felizmente encontrei o meu livro em 2011 e nesta última década, já explorei muitos lugares, culturas, e também, já pulei muitos livros que não agradaram tanto.

 

 

Caro leitor pai, mãe, tio, tia, avô, avó (…), saiba que nunca é tarde para começar a ler, ou para fazer qualquer outra coisa. Mas, se você não lê e não tem vontade de começar a procurar o seu livro, não tem problema, mas não tire essa chance de seus filhos, sobrinhos e netos.

 

 

 

Pais, leiam para seus filhos, contem-lhes histórias, forneçam-lhes essa maravilhosa oportunidade. Presenteie-os com livros. Para crianças, talvez histórias para colorir, para os maiorzinhos, o mundo dos gibis e histórias em quadrinhos (HQ) é uma boa pedida! Para os familiares que gostam de ler e desejam cultivar o mesmo hábito em pessoas próximas, bom, talvez vocês possam combinar de ler o mesmo livro e vão conversando sobre a trama, será um momento de ótimo lazer e aproximação.

 

 

 

Mas, se o seu filho só tem interesse em videogames, esse também não é um problema, na atualidade existem livros baseados em jogos, como exemplo a saga do “Assassin’s Creed”, “God of War”, entre inúmeros outros, a questão é, incentive-os de alguma forma. Lembrem-se, a chave é achar o livro que lhe agrada, não importa o gênero.

 

 

 

Ao permitir que seus filhos tenham acesso à leitura, o benefício será muito maior do que o aperfeiçoamento e a expansão do vocabulário. É um sopro de liberdade, de amadurecimento cognitivo e, acima de tudo, um instrumento realmente magnífico para estimular a imaginação e a criatividade.

 

 

 

Portanto, permitam-se a chance de encontrar seus livros. Este será um dos mais belos dias de sua vida, pois, quando a porta da leitura é aberta, acredite, ela jamais será fechada.

 

 

 Pierluigi Piazzi foi um professor italiano naturalizado brasileiro. É considerado um dos nomes mais influentes na ficção científica do Brasil e um grande escritor sobre o desenvolvimento da inteligência em alunos em idade escolar, além de ter sido muito prestigiado ao longo de seus anos como professor.

Equipe Gazeta
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