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Feminismos e outras histórias de mulheres, é tema do II cegueira e solidariedade convida

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Escrito por; Graciela Márcia Fochi

 

No dia 08 de agosto de 2020 ocorreu o segundo Cegueira e Solidariedade Convida, que dentro das atividades abertas à comunidade de estudos e reflexões sobre a Pandemia do Coronavírus, ocorreu a participação da professora Ilze Zirbel, doutora e pós-doutoranda em Filosofia pela UFSC, que proferiu a fala intitulada “Feminismos e outras histórias de mulheres”.

 

A professora inicialmente apresentou os motivos pelos quais dedicou sua carreira de professora e pesquisadora às questões, às pautas e às lutas das mulheres e enfatizou que lhe preocupa abordar estas temáticas pela perspectiva da interdisciplinaridade, dos direitos humanos e da solidariedade.

 

A pesquisadora adverte que, apresentar definições teóricas sobre o feminismo, bem como situar historicamente as ocorrências e reivindicações das principais “ondas feministas”, tanto em termos mundiais como nacionais, constitui uma tarefa complexa. De que, para melhor situar as ideias e os movimentos feministas, se faz necessário estabelecer referenciais mínimos como por exemplo de “o que, onde, como e porque”, e que de qualquer forma corre-se o risco de concentrar a análise à um escopo reducionista e até deixar de fora experiências significativas e relevantes.

 

Professora Ilze explica que existem inúmeras definições de feminismo, mas que prefere trabalhar com a definição que aponta no sentido de que não se trata de uma luta de mulheres contra homens, mas que representa um enfrentamento às práticas de opressão, de exploração e demais injustiças atribuídas às mulheres e que tanto podem ser praticadas por homens como por mulheres.

 

Para com as principais pautas que mobilizaram e/ou foram contempladas pelos movimentos feministas pode-se elencar o direito à educação, o direito ao voto, a igualdade da remuneração salarial, a necessidade de creches, a participação em pleitos eleitorais, entre outros. De que as experiências mais recentes estão sendo protagonizadas pelo feminismo negro, indígena, lésbico, de camponesas entre outras; bem como que cada vez mais mulheres jovens tem se engajado e envolvido nas lutas por igualdade e liberdade.

 

A professora destaca a emergência das teorias e abordagens decoloniais, tais pesquisas e estudos produzidas por mulheres latino-americanas, africanas, asiáticas e árabes, que em sua essência reclamam pela superação das teorias e epistemologias hegemônicas pertencentes à contextos externos, em especial oriundas da Europa e dos Estados Unidos. Recentemente ganhou força a corrente do feminismo que tende ao comunitarismo, que é voltada à política do cuidado tanto no que se refere ao campo ético, como político, tanto para com os seres humanos, com os outros seres da natureza.

 

Em reposta às perguntas feitas pelos participantes do encontro a professora abordou as pautas e as lutas dos movimentos feministas no contexto da pandemia, dos problemas, das desigualdades e das questões que ganharam ênfase no contexto doméstico/privado, do confinamento da quarentena, as circunstâncias e dilemas que se apresentam no cotidiano das profissionais da saúde, da atuação das mulheres nas posições de lideranças políticas de países, em especial sobre a resposta e o desempenho que estes países tem apresentado no enfrentamento da pandemia do Coronavirus e do Covid-19.

 

De maneira geral a professora advoga que as experiências dos movimentos feministas constituem campos de tensões e lutas, porém que são forças que, se vistas em perspectiva, proporcionam ganhos e avanços no que tange a transformação da realidade em que ocorrem e no que diz respeito à causa como um todo. A professora é entusiasta de um movimento de mulheres que esteja voltado às pautas comuns e de lutas conjuntas, que tende à superação do individualismo, das hierarquizações, no sentido de que amplie cada vez mais o senso de coletividade, de sociedade e de solidariedade.

 

A contribuição da fala da professora Ilze foi fulcral em termos de proporcionar aos participantes da atividade aprofundamento e ampliação do entendimento teórico e conceitual para com os diferentes feminismos e as questões das mulheres tanto do ponto de vista histórico como em meio das questões do momento presente, em especial proporcionou elementos à ampliação da sensibilidade e da percepção para com os desafios que se apresentam tanto no que tange a dimensão pública quanto a dimensão privada das relações humanas.

 

Para acessar a fala completa da professora e pesquisadora IlzeZirbelproferida no Cegueira e Solidariedade Convida, queira acessar o canal Cegueira e Solidariedade pelo

link:https://www.youtube.com/channel/UChC9JMN9ScZeduJAwhVK-JA

Equipe Gazeta
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