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Estudantes do IFSC participam de projeto voluntário no Distrito Federal

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Quando Douglas Arthur Marotzky, Angélica Soupinski e João Victor Tischler Nizer decidiram participar do projeto Extensão Brasil, do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), sabiam que seria uma experiência transformadora, mas não tinham ideia da intensidade das mudanças. Com outros 28 alunos e um servidor, os estudantes do Câmpus Canoinhas do IFSC participaram de um projeto de intervenção voluntária em áreas de saúde, educação, cultura, meio ambiente, direitos humanos e trabalho, na região metropolitana de Brasília, no Distrito Federal, de 14 a 25 de novembro.

 

 

 

“Foi um choque de realidade”, comenta Angélica. “Brasília é uma cidade planejada para esconder os pobres. Ou você tem tudo ou não tem nada”, acrescenta a estudante do técnico integrado em Edificações, que já contava com a experiência de ter participado da Operação Encantos do Vale, realizada pelo Núcleo Extensionista Rondon, de 10 a 21 de julho de 2018, em treze municípios da região do Médio Vale do Itajaí. “Nem se compara com a pobreza daqui”, afirma.

 

 

 

Os colegas do curso superior de tecnologia em Alimentos, Douglas e João Victor, também se impressionaram com as diferenças socioeconômicas e culturais. “Às vezes, a gente se tortura tanto por causa de uma prova e lá encontramos tantas crianças com problemas tão graves, vítimas de abuso e carentes de atenção”, conta João. “Este choque de realidade foi importante para nos tirar do eixo, da bolha social que vivemos. Agora, penso mil vezes antes de reclamar”, ressalta.

 

 

 

“Aprendi muito. Porque eu tenho a minha realidade e ver a realidade dos outros nem sempre é fácil para a gente”, comenta Douglas. Apesar das diferenças, a experiência foi muito valiosa para os jovens. “Foi renovador, maravilhoso. Me apaixonei muito pelo projeto e quero participar mais vezes”, afirma Douglas. “Voltei uma pessoa um milhão, um trilhão, um quadrilhão de vezes melhor”, enfatiza.

 

 

 

Os três voluntários participaram do grupo que ficou alojado no Centro de Ensino Fundamental 02, na Cidade Estrutural, uma comunidade de cerca de 35 mil habitantes, originada a partir de uma ocupação de catadores de materiais recicláveis próxima ao lixão do Distrito Federal, já considerado o maior da América Latina e fechado em janeiro do ano passado. Nos três turnos, a escola atende cerca de 1.100 alunos, no ensino fundamental e na educação de jovens e adultos (EJA).

 

 

 

Durante o período que estiveram na escola, os estudantes se revezaram em atividades de apoio escolar, oficinas sobre alimentação saudável, sexualidade e bullying e rodas de conversa sobre autoestima e racismo, já que novembro é o mês da consciência negra. Segundo os estudantes, os temas escolhidos para as ações foram indicados pela própria direção da escola.

 

 

 

Inspirado nas operações do Núcleo Extensionista Rondon, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), o evento Extensão Brasil teve como objetivos contribuir para a formação do estudante como cidadão; integrar o estudante ao processo de desenvolvimento nacional, por meio de ações participativas sobre a realidade do país; consolidar no estudante o sentido de responsabilidade social, coletiva, em prol da cidadania e do desenvolvimento regional; e estimular no estudante a produção de projetos coletivos locais, em parceria com as comunidades participantes.

Equipe Gazeta
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