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Estações de Tratamento de Água e Esgoto: tecnologias que recuperam, qualificam e preservam o ambiente

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Vivemos tempos de intensas transformações sociais, políticas, econômicas e ambientais, em que muitos avanços tecnológicos impactam extraordinariamente e positivamente na vida das pessoas. Neste contexto, em meio à “revolução tecnológica”, é preciso considerar a importância das inovações para a promoção da saúde e bem-estar das pessoas e do ambiente, com destaque para as tecnologias utilizadas na Estação de Tratamento de Água (ETA) e Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).

 

 

As ETAs e ETEs podem não ser temas empolgantes ou frequentemente discutidos pela sociedade de maneira geral, porém, são fundamentais quando se pensa na qualidade de vida das pessoas e do ambiente. Nas instalações destas estações de tratamento são utilizadas tecnologias que desempenham funções importantes, senão vitais, na promoção e preservação da saúde pública, protegendo as pessoas de eventuais doenças transmitidas pela água e que possam oferecer riscos à saúde humana.

 

 

O acesso à água potável e com regularidade é um direito humano básico e universal; no entanto, a água bruta que é retirada dos rios, lagos e aquíferos para o fornecimento à população contém, normalmente, agentes de contaminação perigosos à saúde humana. Nas ETAs retiram-se as impurezas, os agentes patogênicos e os poluentes químicos da água, tornando-a mais segura para o consumo humano. Isso é particularmente importante em um mundo onde a urbanização é crescente e a demanda por água, principalmente para o consumo humano e demais usos, aumenta consideravelmente.

 

 

Por outro lado, cresce a produção de efluentes domésticos. Neste sentido, as ETEs desempenham uma função estratégica e ecológica importante na proteção do meio ambiente, afinal, em tais estações é realizado o tratamento das águas residuais antes de devolvê-las aos ecossistemas naturais. Essa prática ajuda a evitar a poluição dos rios, lagos e oceanos, preservando a biodiversidade aquática e a saúde dos ecossistemas aquáticos. Sem ETEs eficazes, nossas águas naturais estariam sob constante ameaça de contaminação por produtos químicos tóxicos e nutrientes em excesso.

 

 

Posto isso, as ETAs e ETEs desempenham funções ambientais importantes na recuperação, conservação e qualificação dos recursos hídricos. Em um mundo onde a escassez de água é uma realidade cada vez mais preocupante, a reutilização da água tratada em processos industriais e na irrigação agrícola é uma prática essencial, pois é auxiliar na redução da pressão sobre fontes de água superficiais, contribuindo para a sustentabilidade a longo prazo.

 

 

Apesar de seu significado relevante, muitas ETAs e ETEs, no entanto, enfrentam desafios estruturantes, visto que possuem infraestruturas obsoletas, envelhecidas e até sucateadas. Para isso, obviamente, são fundamentais investimentos em obras e equipamentos que operem com eficiência técnica nas instalações de captação e tratamento de água e de coleta e tratamento dos efluentes. Afinal, muitas estações operam no limite! Na mesma direção, são necessários investimentos em Educação Ambiental e ações de conscientização pública, na perspectiva de reduzir perdas, evitar a poluição, promover o consumo sustentável, dentre outros. São algumas das questões que precisam ser abordadas sistematicamente e continuadamente com a população.

 

 

É essencial estimular a população a conhecer o funcionamento ou operação das Estações de Captação e Tratamento de Água e Esgoto. Elas não são apenas uma obra da engenharia, mas, acima de tudo, representam ambientes para salvaguardar os bens naturais, especialmente das águas. Logo, o ato de visitar e conhecer o funcionamento de tais estações poderá contribuir na conscientização das pessoas e, por conseguinte, na efetivação da Educação Ambiental. Na esteira desse processo, contribuirão para a promoção da saúde humana, a qualificação do ambiente e, também, para a economia.

 

É nosso dever, portanto, buscar conhecer e valorizar o processo e a operação de tais estações. Ao Estado, compete proteger e investir intensamente nessa infraestrutura vital, para assegurar cidades mais sustentáveis e saudáveis para as gerações atuais e futuras.

 

Autores:

 

Dara Cristina Segalla – Mestranda no Programa de Mestrado Profissional em Engenharia Civil, Sanitária e Ambiental (PMPECSA) da Universidade do Contestado (UNC). E-mail: [email protected]

 

Jairo Marchesan – Docente do Programa de Mestrado Profissional em Engenharia Civil, Sanitária e Ambiental (PMPECSA) e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR) da Universidade do Contestado (UNC). E-mail: [email protected]

Equipe A Gazeta Tresbarrense
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