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Ensino remoto – Percepções dos estudantes do ensino médio

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Quando se necessita refletir sobre os processos de uma sociedade, a gente pode obter conhecimentos de duas formas: estudando na literatura ou perguntando às pessoas. Por isso, mais do que nunca as percepções das pessoas em termos de suas experiências, seja no trabalho, na vida familiar, na convivência comunitária, tem sido uma curiosidade que temos. E na vida escolar? Qual têm sido a visão e a versão dos estudantes? Como estes estão interpretando suas experiências?

 

 

Para a estudante do 3ºano da Escola de Educação Básica Frei Menandro Kamps – Três Barras/SC, Jenifer Ferraz: “Foi uma experiência bem grande, não só para os estudantes, mas, também para os professores. Durante o meu período no remoto, percebi o quanto tem valor a sala de aula. Tive também uma grande decepção, pois para mim foi um ano perdido, não consegui aprender muita coisa”.

 

 

A professora de Língua Portuguesa Lediane Corrêa afirma que “sempre houve um preconceito sobre a ‘distância do professor para com o aluno’, visto que muitas academias não aceitavam e eram muito críticos a esta forma de ensino. A situação pandêmica, coloca-nos a ‘engolir, deglutir e processar esse ensino’. Desta forma, muitos por preconceito, inadaptação, deixaram seus estudos de lado objetivando a volta a normalidade e ao antigo formato de estudo”.

 

 

O estudante Cauê Agapito – 2º ano da Escola Menandro – relata um pouco do sentimento vivenciado no período de aulas remotas: “[…] eu não me senti completo, até por conta da COVID-19. O meu aprendizado foi bem médio, sei bem poucas coisas relacionadas ao 1º ano do ensino médio. Talvez por ser uma coisa inovadora e não ter me acostumado muito”.

 

 

Para Isabelle Pacheco – estudante do 2º ano da Escola de Educação Básica Almirante Barroso, Canoinhas/SC – o momento de distanciamento social imposto pela pandemia da COVID-19 trouxe consigo “um compilado de sentimentos, junto a necessidade do aprendizado se fez na pandemia em 2020, o isolamento durante meses e estudos remotos que necessitam de colaboração múltipla, além da vontade do aluno, além da disponibilidade de conhecimento através dos professores, auxílios tecnológicos, etc… Um momento que se faz difícil de avaliar de maneira simples e pouco pensada, é uma reflexão de todas as experiências vividas pelo aluno.

 

 

Helen Hoffmann – estudante de curso pré-vestibular, Joinville/SC relata sua experiência com o EAD destacando como pontos positivos: “a autonomia com os horários e com o cronograma, a facilidade e comodidade para realizar os simulados e exercícios”. A cursista aponta como pontos negativos “a falta de suporte por parte dos professores e a qualidade do ensino em comparação com o presencial.

 

 

O aprendizado durante o período da pandemia realizado por meio de aulas remotas foi (e ainda é) uma experiência que necessita ser refletida socialmente com muita intensidade. Se por um lado as tecnologias permitem reuniões, aulas e compartilhamentos de textos, livros, materiais, argumentos e ideias a distância, por outro lado também apresentam desafios. Entre eles os limites de equipamentos e conexões, dificultando o acesso a aulas e materiais. Outro aspecto está vinculado ao limite da interação entre professores e alunos, ou os participantes de um encontro.  O ensino e a aprendizagem a distância exigem disciplina, empenho pessoal, bem como, ambiente apropriado para os estudos, o que nem sempre se constituem de forma suficiente dificultaram e dificultam o ensino e a aprendizagem por meio de aulas remotas.

 

 

A interação social por vias virtuais, nossa constante formação e (re/des) construção como sujeitos, são fatores que ganham destaque ao falarmos sobre avaliação do aprendizado neste cenário pandêmico. Todo o processo de concentração e assimilação dos conteúdos trabalhados exigiu que adotássemos novos métodos adaptados aos costumeiros. Mais do que jogo de cintura, foi preciso exercitar formas de seguir enquanto acompanhamos os números dos consórcios de imprensa que, para além das estatísticas, representam amores da vida de “alguéns”. Em tempo, com o devido apoio pedagógico e suportes desenvolvidos pelos docentes, foi possível garantir a continuação dos anos letivos. Não somente a permanência dos estudos, mas, sobretudo, a renovação da nossa esperança voltada à ciência e à consciência lapidada.

 

 

 

Cauê Felipe Agapito de Lima Nunes – Estudante do 2º2 da EEB Frei Menandro Kamps

 

Helen Hoffmann – Estudante do Pré-Vestibular Stoodi – Joinville – SC

 

Isabelle de Souza Pacheco – Estudante do 2º3 EEB Almirante Barroso

 

Jenifer Sabrine Ferraz – Estudante do 3º2 da EEB Frei Menandro Kamps

 

Lediane Corrêa – Professora de Língua Portuguesa da EEB Frei Menandro Kamps

 

Maria Luiza Milani – Professora no Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado (UNC).

 

Melissa Figueiredo Silvestre – Coordenadora Pedagógica do Centro de Integração Empresa Escola do Estado de Santa Catarina – CIIE/SC

 

Reginaldo Antonio Marques dos Santos – Professor de Sociologia – SED/SC e SEED/PR

 

Sandro Luiz Bazzanella – Professor no Programa de Mestrado/Doutorado em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado (UNC).

 

 

 

Equipe Gazeta
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