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Destruição dos habitats e ameaças de extinção de espécies animais

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O Brasil é o país possuidor da maior diversidade de vida do Planeta devido à riqueza de ecossistemas presentes em seu território. Possui seis biomas: Amazônia; Mata Atlântica; Pantanal; Caatinga; Pampa e Cerrado.Tem, ainda, o maior sistema fluvial do mundo, além de grande diversidade de habitats e formas peculiares de flora e fauna.

 

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a fauna brasileira é composta por mais de 100 mil espécies animais, sendo estes mamíferos; aves; peixes; anfíbios; répteis; insetos, além de outros invertebrados, os quais têm como seus habitats florestas, manguezais, cerrados, campos, mares, rios e lagoas.

 

Embora a biodiversidade revele riqueza e abundância, sabe-se que a mesma está sob pressão crescente, e já teve modificações e perdas decorrentes do crescimento populacional, bem como das mudanças climáticas e das intensas explorações econômicas. Assim, o futuro da fauna brasileira é incerto.

 

As estatísticas mundiais estimam que em poucas décadas diversas espécies poderão entrar em extinção, especialmente as endêmicas, ou seja, aquelas que só existem em determinados ambientes aos quais estão adaptadas.

 

Dentre os fatores determinantes para a ocorrência de extinção de espécies, destacam-se os desastres socioambientais; a poluição; o uso excessivo dos bens naturais; a introdução de espécies invasoras; as doenças; a caça/pesca; as matanças deliberadas e a destruição de habitats, sendo esta a principal ameaça à biodiversidade.

 

A destruição de habitats é caracterizada como um processo no qual um habitat natural se torna incapaz de abrigar suas espécies nativas. Essa incapacidade de abrigo pode ser decorrente dos desmatamentos, queimadas, poluição, degradação da terra, bem como da ocupação humana.

 

As espécies adaptadas ao ambiente em que vivem, ao se depararem com seu habitat destruído passam a buscar novas áreas para viver. No entanto, essas novas áreas nem sempre oferecem os recursos necessários para a sobrevivência da espécie, uma vez que existem predadores e na maioria das vezes o próprio ser humano não permite o estabelecimento da espécie animal, levando-as à extinção.

 

Em 1964, a União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) criou a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, cuja finalidade é informar à sociedade e pesquisadores do Planeta a respeito da conservação dos seres vivos. A lista apresenta dados relevantes em relação à fauna e flora do planeta, e os organiza em doze diferentes graus de ameaça, os quais vão desde a extinção completa da espécie até as que estão vulneráveis, em baixo risco de ameaças ou aquelas cuja situação é desconhecida devido a ausência de dados científicos.

 

No Brasil existem três listas oficiais, uma para fauna, outra para flora e ainda uma exclusiva para peixes e invertebrados aquáticos, as quais informam quantas e quais são as espécies ameaçadas de extinção. Na edição mais atual do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, publicada em 2018, foram analisadas 12.254 espécies,sendo que1.173 foram classificadas como espécies ameaçadas de extinção.

 

A extinção de espécies gera efeitos em todo o ecossistema e na cadeia alimentar e isso pode facilitar a ocorrência de doenças infecciosas, e ser fonte de problemas sociais. Assim, faz-se necessário tentar impedir a concretização da extinção dessas espécies.

 

As Listas Vermelhas, assim como outros diversos estudos, servem como alerta sobre a crescente perda da biodiversidade verificada no planeta. Por meio deles é possível não apenas identificar as espécies que necessitam de esforços para sua recuperação, mas também fundamentar a luta por políticas de conservação.

 

Uma das estratégias para reverter a extinção de espécies é a manutenção e a criação de novas Unidades de Conservação, as quais são áreas de proteção cujo objetivo é a preservação de aspectos naturais de um determinado ambiente. Também é necessário o uso sustentável dos bens naturais, investimentos em pesquisas e fiscalização no que se refere à exploração da natureza e à poluição.

 

Entretanto, nenhum esforço será suficiente se o Estado, por meio de seus meios de atuação e fiscalização, não agir em tempo, bem como se a população não estiver disposta a mudar sua maneira de pensar e de agir. Afinal, é fundamental que todos compreendam a importância de cada ser vivo para o Planeta e tenham consciência de que a destruição de qualquer espécie pode afetar outras vidas.

 

Daniele de Cássia Karvat – Mestranda no Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado (UnC). E-mail: [email protected]

Daniela Pedrassani – Docente do Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado (UnC). Email: [email protected]

Jairo Marchesan – Docente do Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado (UnC). Email: [email protected]

 

Equipe Gazeta
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