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Deputado bonzinho? No centrão não

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Com o passar do tempo vemos muitas discussões sobre o que seria o chamado “centrão” no congresso nacional. Ouvimos por exemplo, que o presidente Jair Bolsonaro vêm se rendendo às pressões desse grupo de deputados nas negociações junto ao congresso nacional, e que isso vem até lhe rendendo bons frutos, como por exemplo elegendo seus candidatos a presidência da câmara e do senado, onde assim vê menores entraves na busca por aprovar suas demandas.

 

A atitude de negociar com deputados mais pragmáticos e pouco ideológicos não é exclusividade do atual presidente, muitos dos ex-presidentes precisaram negociar com o congresso nacional na busca da famosa “governabilidade”, cedendo cargos no executivo e emendas parlamentares monstruosas. Um exemplo de quem não soube lidar muito bem com essas negociações e acabou caindo é da ex-presidente Dilma, que somado a baixa popularidade sofreu o conhecido processo de impeachment.

 

Estes deputados que compõem o chamado CENTRÃO, (por concentrarem-se geralmente em partidos de centro), atuam de forma pragmática e pouco ideológica. Aproximam-se do governo trocando seu voto no congresso por cargos na administração pública e/ou emendas parlamentares vindas do executivo federal, e depois usam estas
emendas em troca de apoio de líderes locais (prefeitos, vice-prefeitos, secretários municipais e vereadores) nas eleições. Este fenômeno, conhecido na ciência política como Pork Barrel (troca de emendas federais por apoio e votos nas regiões) têm nos mostrado forte correlação com a reeleição destes parlamentares criando assim um círculo vicioso.

 

Percebemos que quando um determinado deputado direciona algum recurso a determinado município, ele não está fazendo isso somente com a intenção de ajudar a cidade e seus moradores, mas sim tem determinado interesse na busca por visibilidade e apoio político-eleitoral.

 

Portanto, quero aqui explicitar o cuidado que todos devemos ter ao criticar as articulações do executivo com o congresso, e depois acabar ficando iludido pelo “deputado bonzinho” que traz recursos ao município, fruto de pressão (legítima ou não) e troca de favores deste com o executivo federal.

 

Por fim, convido a fazer um exercício de memória, em quem você votou para deputado federal nas eleições 2018? Você está acompanhando os trabalhos dele caso tenha sido eleito? Você pode estar criticando as negociações do executivo com o congresso sem perceber ter contribuído pra isso já naquelas eleições.

 

 

Precisamos sempre lembrar que cada deputado(a) federal ou cada senador(a) que ocupa uma cadeira no legislativo está lá pelo voto popular, com isso vemos que a população têm certa responsabilidade sobre este mecanismo de troca de benefícios.

Equipe Gazeta
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