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Democracia representativa em crise

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A teoria do “Sistema-mundo” moderno foi desenvolvida em 1970,  pelo pesquisador norte-americano Immanuel Wallerstein. O sistema-mundo é relacionado com as divisões de países e a desigualdade presente em cada um deles. Pode-se relacionar o sistema mundo, em três partes: o econômico que se define pela acumulação de capital; o político que gera a garantia do monopólio econômico; o cultural, que garante o monopólio econômico.

 

 

Com o desenvolvimento do Iluminismo a partir do século XVIII e seguintes, gerou-se uma cultura política que se tornou hegemônicas nas mais diferentes sociedades europeias. O filósofo genebrino Rousseau (1712-1778) colocava em debate a igualdade, num sistema político que girava em torno de uma sociedade baseada na propriedade privada, e colocava Estado numa posição privilegiada pertencendo a toda sociedade, a vontade popular e, não apenas a disposição para grupos privilegiados  

 

 

A Revolução Francesa (1789) foi  importante nas mudanças no sistema mundo, e trouxe com ela duas transformações fundamentais para o sistema, sendo elas: a normalidade da mudança política e a reformulação do conceito de soberania. No século XIX o debate era facilmente visto por liberais versus conservadores, não havendo aqui, nesse meio nenhum lado que defendesse o lado radical que eram um grupo de pessoas que defendiam políticas democráticas que se escondiam em meio ao liberal e não se encaixavam nos conservadores, logo mais em 1848 ocorreu a Revolução Mundial, onde os sistemas radicais se emanciparam de ambos os lados e nos apresentando lados onde os conservadores eram de esquerda. os liberais no centro e os radicais de direita.

 

 

 

A Revolução Mundial de 1848  foi um conjunto de revoltas, marco na história onde o movimento ganhando força no continente Europeu, movimentos revolucionários, que desmembrou a Itália nos trazendo o fim de alguns dos resquícios feudalismos, avanço dos movimentos nacionalistas, liberais, e socialistas. Também trouxe a queda do Luis Felipe de Orleans que era o rei burguês da época.

 

 

 

A Revolução da Comuna de Paris 1848 envolveu burgueses, que levavam o caráter da burguesia e da limitação da atuação estatal, além da igualdade formal e maior participação política, num ambiente de grave crise econômica, a oposição convocou uma grande manifestação em Paris, que foi proibida pelo governo de Luis Felipe, conhecido como o “rei dos banqueiros” Apoiados pelos socialistas, os operários ergueram barricadas por toda Paris e enfrentaram a Guarda Nacional. Após dois dias de combates, os revolucionários saíram vitoriosos.

 

 

 

Mesmo contida a Comuna  de Paris de 1848 foi muito importante para o sistema conservador. O Reino Unido adotou uma forma de conservadorismo praticado por lá, não necessitaria da ratificação do movimento da Revolução Mundial de 1848, onde a concessão de algumas práticas enfraqueceria ações mais radicais, à luz de Robert Peel que era um político britânico, conhecido como administrador competente e incorruptível, foi o fundador do Partido Conservador e criador da primeira força policial disciplinada de Londres.

 

 

 

O sistema Radical que são os defensores de políticas sociais, que buscavam seu desmembramento do sistema liberal, deixando para trás a crença que os liberais o proviam e lhes davam forças, estavam convencidos das grandes limitações da sua independência.

 

 

 

Logo os liberais descobriram que precisam se engajar na política se quisessem que surgisse uma mudança social razoável e oportuna que era confiada aos especialistas, e tendo que decidir uma forma que não ficasse em dúvidas sobre seus lados apenas centralizando seus posicionamentos.

 

 

 

Na Europa no século XIX, logo após o triunfo do sistema liberal, surgiram os primeiros representantes sociais como os sindicatos e partidos trabalhistas sociais. É um período muito turbulento, em meio a guerra travada entre trabalhadores e capitalistas, era muito repudiada principalmente pelos órgãos estatais e empresariais, e por uma boa parte do século IX e XX os representantes sociais foram muito hostilizados pelas máquinas estatais e pelas empresas.

 

 

 

A existência de alguns grupos, alguns se definiam como homens adultos pertencentes ao grupo dominante a sua região, mas em meio a isso existiam-se grupos chamados de “excluídos” tendo que se organizar em outro modelo de classificação, sendo o Status que abrangia mulheres para um lado, minorias raciais, religiosas, linguísticas e ética para outro lado.

 

 

 

As revoltas de maio de 1968 influenciada pelo movimento estudantil francês e com motivações variadas resolveram questionar as estruturas sociais em que viviam. Entre esses questionamentos estavam: a Guerra Fria, a bipolaridade política, as corridas armamentista, nuclear e espacial, o capitalismo e o processo de globalização do capital sem compromisso com qualquer cor de bandeira, e a mobilização dos trabalhadores na França foi tão grande que os historiadores falam que cerca de dez milhões de trabalhadores aderiram à greve.

 

 

 

Foi marcada pelo fim da supremacia liberal onde estudantes e trabalhadores manifestaram-se contra a educação francesa e contra o capitalismo, mas logo se tornaram falsas esperanças com o sistema instalados do poder, e a ideia anti sistema de mudar o mundo acabaria ficando para trás, ou mesmo bem longe aos olhos, porque para isso antes teriam que mudar a si mesmas, opções culturais ou as instituições que os oprimiam opção política.

 

 

 

Com o poder do centro liberal, a direita e à esquerda, aproveitaram-se do momento e começaram um processo de radicalização, chegando também a estagnação da economia e precisando de ajustes emergenciais, levando cada vez mais a procura dos capitalistas ao mercado financeiro, pelo encolhimento nos lucros, que tem gerado ganhos razoáveis.

 

 

 

Com tudo isso, observou-se a necessidade de uma nova esquerda, nos afirmando que a agenda cultural deve ser mais representada do que a agenda política, que abrange os esquecidos, que seriam as mulheres, minorias raciais, religiosas e linguísticas tendo presença no sistema como os tradicionais membros dos movimentos anti sistêmicos.

 

 

 

Contudo os parlamentos de hoje em diante tem que se reinventar, transformando-se mais transparentes e muito mais confiantes, para criar meios efetivos para envolver a sociedade no meio político. Mesmo que as minorias tenham sido rompidas e todos tenham a liberdade real, ainda há a sub-representação das mulheres, tornando os obstáculos maiores no meio político, e para esse modelo mudar e entender para onde o rumo da política vai, necessitamos de mudanças parlamentares.

 

 

 

PAMELA SUCHARA

Acadêmica do Curso de Direito da Universidade do Contestado

Projeto de Pesquisa: O fortalecimento da democracia

 e seu impacto sobre o desenvolvimento regional

Bolsa:Art 170, Bolsa Universitária- UNIEDU

Prof. Orientador: Sandro Luiz Bazzanella

 

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