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Coletivo Cegueira e Solidariedade

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Jairo Marchesan[1]

Reginaldo Antonio Marques dos Santos[2]

Sandro Luiz Bazzanella[3]

 

Coletividade denota, implica, exige estar, fazer algo junto, em comunidade, ou em comunhão. É, também, pensar, fazer ou operar conjuntamente ou cooperativamente. Para isso, implica em aproximações, em relações de confiança, respeito, amizade, identidade, solidariedade, percepções ou sentimentos de viver, ou fazer parte da comunidade. Coletividade é um princípio, mas, sobretudo, é um modo de compartilhar a vida que se materializa em práticas e contribuem na edificação de processos civilizatórios. Deste modo, assim nasceu o “Coletivo Cegueira e Solidariedade”, um Grupo de estudos que se reúne semanalmente para ler textos ou artigos científicos, refletir, debater, ouvir e interagir com palestrantes sobre temas da realidade, especialmente no que concerne o fenômeno da Covid-19 e seus impactos na sociedade.

 

 

A partir do compartilhamento de ideias, de percepções, ansiedades e urgências, o coletivo escreve artigos científicos, capítulos de livros, textos para jornais locais e regionais, grava vídeos sobre diferentes temáticas que são publicizadas ou disponibilizadas no canal do grupo, em portais da internet ou socializados por meio das redes sociais como formas de divulgar reflexões e conhecimentos. Atividades estas que foram compartilhadas com a comunidade de forma gratuita a partir de reuniões virtuais semanais, normalmente aos sábados pela manhã – das 10h às 12h, com a presença de pesquisadores nacionais e até internacionais. A gratuidade no compartilhamento de saberes, a generosidade na disponibilização do próprio tempo, e a solidariedade em torno das questões urgentes do nosso tempo foram as marcas presentes em todos pesquisadores e lideranças convidadas a conversar com o grupo.

 

 

O Grupo Cegueira e Solidariedade constituiu-se espontaneamente e realiza seus encontros semanalmente a partir do mês de março de 2020, devido e como uma das formas de entender melhor esse fenômeno (Covid-19), ler, pensar, refletir e aprender coletivamente. É um exercício democrático, político, de liberdade e desprovido de vínculos, exigências ideológicas e burocráticas institucionais.

 

 

No texto que abre a coluna Cegueira e Solidariedade, os pesquisadores Sandro Luiz Bazzanella e Reginaldo Antonio Marques dos Santos apresentam o grupo da seguinte maneira: “O coletivo Cegueira e solidariedade nasceu diante da necessidade de afastamento social imposta pela pandemia do coronavírus – covid-19. Tratava-se de reunir os amigos na Ágora (praça) pública, mesmo que no formato virtual para a troca de ideias, de reflexões e de debates sobre aspectos políticos, sociais, econômicos e culturais advindos com a pandemia”.

 

Em relação ao nome do coletivo “Cegueira e Solidariedade” Bazzanella e Santos descrevem como uma alusão ao drama humano ético e político narrado pelo escritor português José Saramago na obra: Ensaio sobre a cegueira, publicada em 1995, bem como o termo solidariedade refere-se a própria condição humana, que, em sua contigencialidade requer a constante presença do outro para afirmar a própria humanidade e, desta forma, permitir que o mundo possa se constituir por meio da ação humana, da ação política em lugar de acolhida da plenitude da vida em sua diversidade e multiplicidade.

 

Quanto aos objetivos, os autores destacam: o intuito de exercitar a potência do pensamento em torno dos desafios que a pandemia, e, sobretudo, a pós-pandemia apresenta ou pode apresentar à organização das sociedades contemporâneas caracterizadas pela dinâmica de plenos produtores e plenos consumidores, submetidos a ininterrupta lógica do crédito e do débito e da financeirização da vida em todas as suas dimensões em que nos encontramos inseridos.  Mas, também se trata, sobretudo, de se questionar sobre as condições de possibilidades de pensar e agir no tempo que resta sobre a vida que virá, sobre a política que virá, sobre a economia que virá, sobre o mundo que virá…”

 

 

Não faltaram desafios, propostas e execução de ações na perspectiva do exercício do pensamento. Neste percurso de menos de um ano foram escritos e publicados mais de 80 artigos para jornais e portais de notícias. Estão disponíveis no canal do grupo https://www.youtube.com/channel/UChC9JMN9ScZeduJAwhVK-JA 38 vídeos, contando com mais de 300 horas de exibição. Pesquisadores de várias regiões do Brasil e de outros países dispuseram de seu tempo para compor conosco este trabalho de forma voluntária. Os conteúdos abordam diversas temáticas, com destaque para as reflexões oriundas ou vinculadas ao contexto da pandemia (Covid-19), no qual nos encontramos inseridos. A totalidade destes estudos e reflexões encontram-se disponíveis para a comunidade de forma gratuita nos jornais locais, regionais e plataformas digitais.

 

 

A proposta do Grupo para o ano de 2021 é de continuidade, porém com encontros quinzenais. É um espaço ousado e de vanguarda, democrático, de diálogo, aprendizagens, desafios e construção de relações de cooperação e crescimento intelectual. Viva o Coletivo Cegueira e Solidariedade!

 

 

Dezembro de 2020

 

 

[1] Professor do Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado (UnC). E-mail: [email protected]

[2] Professor de Sociologia (ACT) da Rede Pública Estadual de Santa Catarina (SED).

[3] Professor do Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado (UnC). E-mail: [email protected]

Equipe Gazeta
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