A segunda-feira (25) foi difícil para o labrador Iron, que auxilia os bombeiros de Santa Catarina na missão de resgate dos desaparecidos em Brumadinho. O cão teve a pata perfurada por um espinho enquanto trabalhava e teve que passar por uma cirurgia durante a tarde. O animal apoia o 14º Batalhão do Corpo de Bombeiros em Xanxerê, no Oeste do Estado.
Conforme o comandante Walter Parizotto, do Batalhão de Xanxerê, a região onde Iron trabalhava tem várias palmeiras com espinhos que foram soterrados após o rompimento da barragem. Como é difícil encontrá-los na lama, algumas pessoas também ficaram feridas enquanto atuavam na missão, inclusive um tenente de Ituporanga. Contudo, a lesão do militar catarinense não foi tão profunda.
A cirurgia do cão foi realizada no hospital de campanha montado no Córrego do Feijão, onde há uma equipe de médicos veterinários à disposição para tratar os animais ajudantes. O procedimento foi acompanhado pelo soldado Josclei Tracz, que além de veterinário também é companheiro de Iron na missão a Brumadinho e responsável por informar a situação do animal para o 14º Batalhão.
Após a cirurgia, Iron teve uma infecção no local do procedimento por contaminação. Parizotto explica que o animal está em repouso e melhorou nesta terça-feira, pois está mais tranquilo e a infecção foi controlada. O cão está em uma pousada descansando e evita qualquer movimento para acelerar a recuperação da sua pata dianteira direita — que foi a perfurada.
A recuperação de Iron deve continuar em Santa Catarina, já que o cão irá encerrar oficialmente sua missão em Brumadinho nesta semana. Em terras mineiras desde o dia 19 de fevereiro, o animal e o soldado Josclei Tracz devem voltar para Xanxerê na próxima quinta-feira, dia 28. Antes dessa missão, a dupla também ajudou nas buscas entre 5 e 12 de fevereiro.
— Iron precisa de um período para se recuperar, já que foi raspado e precisa ter proteção. Mesmo que prossiga o apoio em Brumadinho, ele não retorna. Poderá voltar a trabalhar com os bombeiros após 10 dias, só não poderá entrar em ambiente contaminado, como o encontrado em Minas Gerais — afirma o comandante do Batalhão de Xanxerê.
Redação: NSC total