Infelizmente o título desta matéria não poderia ser diferente, pois sintetiza as ações e opiniões que assolam cotidianamente a vida de muitos cidadãos brasileiros. Nos últimos dias, o Brasil comoveu-se com o falecimento do neto do ex-presidente Lula, de apenas 7 anos de idade, vítima de um quadro de meningite.
Todavia enquanto a família e amigos choravam a morte de seu ente querido, muitos internautas utilizaram as redes sociais da pior e da mais grotesca forma possível, para vilipendiar da morte de um menino. Foram muitas as publicações, que passaram por nossas timelines que comemoravam a morte ou que reagiam com gargalhada e desprezo a notícia, e que destarte, chocaram ainda mais.
Como pode o ser humano ser tão vil, mesquinho e apático em um momento que deveria ser de tamanha solidariedade a ponto de ignorar uma vida de um igual. Vidas perdidas precocemente não podem ser alvo de festejos ou de discursos anti-partidários ou antirreligiosos, discursos que fogem do alcance fraterno e passam a um antissemitismo com pitadas de grosseria e autoritarismo. Embora se sabe que toda essa balbúrdia se deu, no sentido de menosprezar a imagem de Lula, condenado em dois processos na Operação Lava-Jato e preso desde o ano passado, nada explica utilizar a figura de um infante que nada fez ou poderia ter feito contra certas atitudes.
O que entristece é saber que grande parte da população, não se dá conta do que acontece diariamente, principalmente no meio virtual, são inúmeros atos de desrespeito exacerbado, e que muitas vezes, imitando-se a ficção dentro do panorama real, como no filme Bird Box (Caixa de Pássaros) vendamo-nos para não precisarmos mexer/remexer ou talvez enfrentar as mazelas desta sociedade tão feroz e cruelmente letárgica. Medo ou simplesmente indiferença?
Helen Adams Keller, escritora e ativista norte-americana, exorta que “A ciência poderá ter encontrado a cura para a maioria dos males, mas não achou ainda remédio para o pior de todos: a apatia dos seres humanos”. Até onde iremos ou nos contentaremos com estas atitudes que nos envergonham enquanto humanidade coetânea.
Atos de violação e ultraje as pessoas, principalmente às mais vulneráveis, ocorrem frequentemente gerando uma enxurrada de injustiças, porém são poucos os casos que chegam à Justiça para uma mera retratação. Mas o que nós podemos fazer? Que atitudes devemos e podemos tomar? Eis o debate que deixo para reflexão! Martin Luther King asseverou ao dizer que “a injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar”.
Em uma nação que precisou criminalizar crimes contra o sentimento religioso (artigo 208 do Código Penal) e crimes contra o respeito aos mortos (artigos 209 ao 212, também do CP), pode-se ter certeza que respeito não é a palavra mais frequente do dicionário chamado Vida.
Espero que estes milhares de pessoas que se entusiasmaram com a desgraça alheia coloque a cabeça em seu confortável travesseiro todas as noites e repense as suas atitudes, assim como eu, e assim como você, amigo leitor! Lembrando-se sempre, daquele velho e famoso adágio popular, “ERRAR É HUMANO, PORÉM PERSISTIR ERRANDO É TOLICE”.
Minha maior alegria é poder escrever futuramente, uma nova publicação alterando o título do presente para, Brasil: respeito acima de tudo e Amor ao Próximo acima de Todos! Quem dera, em um futuro mais breve possível!
