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As Emoções e o Comportamento Impulsivo

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Você já ouviu a expressão “No calor do momento!”? Ela significa quando reagimos a determinadas situações quando as emoções são intensas.

 

 

Quando agimos ou decidimos as coisas “no calor do momento”, estamos nos referindo ao comportamento impulsivo. A impulsividade, de acordo com Brotto (2021) é uma característica comportamental quando agimos antes de pensar e não consideramos as consequências dos nossos atos. Agir frequentemente de forma impulsiva, pode nos colocar em situações complicadas por justamente não analisarmos as consequências dos nossos atos.

 

 

De acordo com Montelli (2020), o comportamento impulsivo está associado às psicopatologias e às falhas do sistema inibitório relacionados aos transtornos de conduta, personalidade, hiperatividade, dependência química e de comportamento ou de bipolaridade.

 

 

Montelli (2020) destaca ainda que a impulsividade traz consigo um tipo de emoção como o de apresentar uma impulsividade agressiva, ou seja, a pessoa, movida pela raiva, passa a agir com violência, por exemplo. Ou, quando muito triste e/ou ansioso (a) e busca se esquivar deste (s) sentimento (s) fazendo uso excessivo de bebidas alcóolicas, cigarro ou fazer compras compulsivamente.

 

 

Não é de hoje que as emoções são essenciais para a nossa vida ao nos proporcionar o sentimento de que estamos vivos, portanto, elas afetam o nosso estado mental cotidianamente, influenciando os nossos pensamentos, decisões e objetivos de vida. Por esse motivo é importante conhecer as emoções e saber lidar com elas.

 

 

Basicamente as emoções mais conhecidas são: nojo, raiva, medo, tristeza, alegria, surpresa e desprezo. Além dessas emoções listadas, existem muitas outras que podemos classificar como sendo positivas e negativas.

 

 

Muitas vezes não conseguimos controlar os nossos impulsos quando movidos pelo calor do momento. O que ocorre é que o nosso lado emocional do cérebro funciona mais rapidamente do que o lado racional, ou seja, enquanto estamos agindo no calor do momento, nossa razão ainda está processando o fato e analisando-o.

 

 

O fato de muitas vezes sermos movidos principalmente pelas emoções, nos conduz a necessidade de compreender a relação entre emoções e comportamentos e suas consequências. Esta relação entre emoções e comportamentos é um dos pilares da inteligência emocional para um comportamento mais assertivo.

 

 

E é sobre esse assunto que desejamos destacar: a inteligência emocional nos auxilia na gestão das emoções e nos torna mais resilientes, ela á uma habilidade essencial para nossas vidas, seja na esfera pessoal ou profissional. Assim, segue abaixo algumas dicas para melhor gerenciarmos as nossas emoções:

 

  1. Observar o comportamento: A observação do nosso comportamento nos ajuda a analisar como nos comportamos no dia a dia frente as diferentes situações, independentemente de serem boas ou ruins. Em um segundo momento, procurar identificar os sentimentos relacionadas às situações observadas para compreender como as situações afetam o nosso estado emocional e o nosso comportamento e como diante disso podemos desenvolver respostas (comportamentos) mais adaptativos às situações.

 

  1. Dominar as emoções: A impulsividade não é uma boa aliada na maioria das situações. Sendo assim, o ideal é dar um tempo antes de tomar decisões ou fazer alguma coisa. Meditação, caminhada, pilates e práticas de exercícios em geral, podem ajudar nesse processo.

 

  1. Aprender a trabalhar as emoções negativas: Para que tenhamos bem-estar, é necessário manter as emoções que nos afligem sob controle. Se houver dificuldades, um profissional da Psicologia pode ajudar.

 

  1. Aumentar a autoconfiança: Definir o que quereremos e até onde desejamos chegar, bem como alcançar os nossos objetivos nem sempre são tarefas fáceis. Para tanto, é necessário reconhecer os nossos pontos fracos e fortes, trabalhar para modificá-los ou aprimorá-los. E esse desafio só pode ser vencido por meio da autoconfiança. Por isso, acreditar no nosso potencial e em nossas habilidades fortalece a nossa confiança de que temos a capacidade necessária para gerenciar os momentos de crise e superar as dificuldades.

 

  1. Desenvolver o sentimento de empatia: Ter empatia nos ajuda no desenvolvimento da inteligência emocional, além de nos proporcionar outros benefícios. Segundo a professora Anita Nowak da Universidade McGill citada por Caldas (2014), “engajar-se em uma ação empática tem implicações positivas para o EU e a sociedade. Estar a serviço dos outros acende as mesmas áreas de recompensa do cérebro que a cocaína, a heroína e o sexo.” Assim, por meio da empatia, os seres humanos conseguem se mobilizar para combater as injustiças sociais e ambientais em prol de um mundo mais igualitário para todos os seres humanos.

 

  1. Ao gerenciarmos de forma mais assertiva nossas emoções e controlarmos os nossos comportamentos impulsivos, conseguimos responder de forma mais adequada às situações, o que favorece o estabelecimento de uma rede social mais sólida na qual podemos usufruir de relações interpessoais mais saudáveis e que nos torna menos vulneráveis às doenças emocionais.

 

Referências:

 

BROTTO, Thaiana. 8 dicas para controlar a impulsividade. Psicólogo.com.br. Publicado em 06 mar. 2021. Disponível em: https://www.psicologo.com.br/blog/como-controlar-a-impulsividade-em-8-passos/ Acesso em: 09 dez. 2021

 

CALDAS, Edson. Empatia é a Chave para a Sobrevivência Humana. Revista Digital Galileu. Publicada em 22 mai. 2014. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2014/05/empatia-e-chave-para-sobrevivencia-humana.html Acesso em: 21 dez. 2021

 

MONTELLI, Regina. Comportamento Impulsivo. Núcleo de Stress. Publicado em 04 nov. 2020

 

 

Autoras:

 

Príncela Santana da Cruz –  Docente do curso de Psicologia da UnC Canoinhas e Mestranda no Programa de uz –Mestrado em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado (UnC). E-mail: [email protected]

 

 

Camili Cristini Petters – Discente do curso de Psicologia da UnC Canoinhas. E-mail: [email protected]

 

Clareana Letícia dos Santos – Discente do curso de Psicologia da UnC Canoinhas. E-mail: [email protected]

 

Mariana Silveira Jungles – Discente do curso de Psicologia da UnC Canoinhas. E-mail: [email protected]

Equipe Gazeta
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