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As desigualdades sociais e seus impactos na saúde mental da população em tempos da pandemia

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Matéria disponibilizada no site Mad in Brasil ciência, psiquiatria e justiça social, por Ayurdhi Dhar (2020), apresenta a discussão sobre o crescente aumento do sofrimento mental humano perante as desigualdades sociais, principalmente em tempos da pandemia, decorrente da COVID – 19. A referida matéria apresenta relatos de pessoas em sofrimento mental relacionados a determinantes sociais e não apenas ou referentes à doença. São considerados exemplos de determinantes sociais a pobreza, violência, racismo, política e violência baseada em questões de gênero, que impulsionam os resultados do sofrimento à saúde mental da população. Os efeitos da pandemia global causaram explosão de casos de sofrimento mental, mas, não necessariamente o desenvolvimento de doença mental. Diante do atual cenário pandêmico, propõe-se a urgente necessidade de o governo implementar e apoiar iniciativas sociais por meio de financiamentos às políticas públicas, para fins de reduzir as desigualdades sociais.

 

 

 

As mulheres, por exemplo, além de conviverem e enfrentarem desafios durante o período de isolamento físico ou também social, às vezes, as mesmas possuem carga de trabalho desproporcional, ou seja, além do adicional de responsabilidades, sejam nas tarefas domésticas, necessidade de cuidar dos filhos, dentre outros.

 

 

 

Os formuladores de políticas públicas normalmente não se preocupam suficientemente em ouvir os que realmente possuem experiências em doença mental. Desta forma, não é dada a devida atenção aos determinantes sociais e suas influências sobre a saúde mental. Diante disso, há a necessidade do fornecimento de apoio psicológico especializado, como neurológico, psiquiátrico, farmacológico, psicológico, terapêuticos, dentre outros às pessoas afetadas. Usuários de serviços e trabalhadores do setor de saúde reforçam que os recursos precisam ser investidos principalmente em comunidades vulneráveis, a fim de fornecer apoio material, empoderamento, promoção da saúde e fortalecer laços sociais e comunitários.

 

 

 

Faz-se necessário a participação de diferentes autores, desde os usuários, pessoas com experiência vivida em sofrimento mental, profissionais da área da saúde, dos legisladores e de todos comprometidos com a qualidade de vida. Os autores da pesquisa apontam que, situações difíceis e os resultados socioeconômicas negativos da COVID-19 levam ao sofrimento mental, não necessariamente patológico, mas com possibilidade de desenvolver com o tempo problemas de saúde mental se os serviços de apoio social não forem protegidos e melhorados ou aprimorados. A promoção do bem-estar psicológico e social necessita do apoio de políticas públicas consistentes e de intervenções sociais. Paralelamente, há a necessidade de promover nos ambientes sociais práticas de identificação das causas da doença mental e de como lidar com elas. Além disso, também, estimular as pessoas a compreenderem o sentido da vida e buscar propósitos e possibilidades de superação e convívio social da melhor forma possível.

 

 

 

 

LUCIMELI NOGUEIRA DO AMARAL – Mestranda no Programa de Mestrado em desenvolvimento regional da Universidade do Contestado (UnC). E-mail: [email protected]

JAIRO MARCHESAN – Professor do Programa de Mestrado e Doutorado em desenvolvimento regional da Universidade do Contestado (UnC). E-mail: [email protected]

Equipe Gazeta
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