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Aprendendo a Ensinar

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Imagine a seguinte situação: duas pessoas (Maria e Ana) tem que fazer um bolo. Maria sabe fazer bolo porque aprendeu com a vida, todavia, isso não é um ato que faça parte da sua rotina. Ana estudou durante 4 anos todas as técnicas de como fazer um bolo, todos os ingredientes, a quantia e o tempo certo para cada etapa da confecção. Além disso, fazer bolo faz parte dos seu afazeres diários. Seguindo por um raciocínio lógico, Ana possui muito mais habilidade e experiência na arte da confeitaria do que Maria.

Seria injusto cobrar de Maria a mesmas habilidades de Ana, concordam?

 

Psicologia da Educação é uma das matérias mais importantes e fascinantes para quem está estudando a área da Educação. É nessa matéria que são tratados temas como a melhor forma de ensinar e o tempo certo para cada aprendizado da criança, chamada as fases do desenvolvimento infantil, criadas por Piaget, um grande psicologo. Essas fases são:

Fase 1: sensório-motor

Essa fase acontece de 0 até os 2 anos. É quando a criança começa a entender algumas sensações e também toma consciência de que seus movimentos geram um impacto no ambiente ao seu redor. No início, ele ainda não tem consciência dos movimentos e os faz sem um propósito. Porém, em pouco tempo, consegue pegar e segurar os objetos e entende que se esticar um pouco mais o braço, pode alcançar um brinquedo em cima da cadeira, por exemplo. Nessa fase, quando os objetos ou alguma pessoa não está perto, ou ao alcance da visão do bebê, ele acha que aquilo deixou de existir. É por isso que chora tanto quando não vê a mãe ou quando está só.

Fase 2: pré-operatório

Essa fase vai dos 2 aos 7 anos. As crianças conseguem interpretar e criar imagens da realidade na mente. As brincadeiras de “faz de conta” são ótimas para trabalhar os estímulos. E a fala, apesar de começar bem antes, se desenvolve bastante nessa fase. É também um período no qual a criança se mostra mais egocêntrica e, por isso, não leva muito em conta o que dizem a ela. Por isso, elas acreditam que tudo acontece em função delas. Por exemplo, se o sol se põe não é porque é algo que acontece naturalmente. O sol se põe para que ela vá dormir. É também no pré-operatório que a lógica começa a ser formada e ele ainda não entende muito sobre números e quantidades. Por exemplo, se você pega um biscoito, parte ao meio e oferece a criança, ela pode achar que tem dois e não um biscoito.

Fase 3: operatório concreto

A fase que vai dos 8 aos 12 anos é marcada pelo pensamento lógico concreto, ou seja, conceitos abstratos, como os sentimentos de amor, felicidade e outros ainda não conseguem ser internalizados. Além disso, crianças nessa idade conseguem distinguir valores e quantidades. A história de dividir um biscoito e dizer que são dois, não vai funcionar mais.

Fase 4: operatório formal

É um último estágio descrito por Piaget e começa a partir dos 12 anos. Essas crianças são capazes de manipular pessoas e também de entender conceitos matemáticos. Nesta fase, também podem criar empatia, pois conseguem entender um evento pelos olhos dos outros, mesmo que esse evento não tenha acontecido com elas. É a compreensão do ponto de vista de outra pessoa, ainda que sobre conceitos abstratos. (Colégio Erasto Gaertner).

 

Para um Docente, geralmente essa é uma das primeiras matérias estudada em seus 3 ou 4 anos de curso (sem contar pós-graduação).

E uma mãe? Em qual mês de gestação essa matéria é abordada? Em que momento ela aprende todas essas técnicas específicas de como ensinar seu filho ou filha?

Seria injusto cobrar de uma mãe (ou pai), as mesmas habilidades de um professor, concordam?

 

O momento é delicado. Professores se familiarizando com novas tecnologias, pais tendo que “aprender a ensinar os filhos”, alunos sendo desafiados a se tornar autodidatas. É um tempo de aprendizados. O trabalho dos professores estão sendo valorizados nesses dias de quarentena, mas sempre vale lembrar que cobranças indevidas por parte dos mesmos não serão auxiliadoras nesse momento. É uma ótima oportunidade para os pais conhecer como funciona a mente do seu filho. É momento de isolamento social, mas de união “à distância” entre pais, professores e alunos para que a educação não se faça inerte nesse período chamado: PANDEMIA.

Escrito por; Jônathas Faria
Equipe Gazeta
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