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Algumas reflexões sobre a água

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Nas últimas três décadas, principalmente, são observados crescentes movimentos e a preocupação das pessoas com o ambiente, especialmente com as águas, seja pelas questões relacionadas à sobrevivência humana, pelo vínculo a outras formas de vida ou, ainda, pela importância da utilização deste bem natural nos processos produtivos.

 

 

Nesta direção, tais debates, preocupações e condições popularizaram-se e, de certa forma, estão presentes no tecido social, ou seja, a maioria da sociedade percebe e reconhece os problemas ambientais e se manifesta sobre os mesmos. Não há, no entanto, ou melhor, são poucas as pessoas e setores que, de fato, praticam ações ambientais racionais, sustentáveis e de cuidado ambiental, pois o modo de produção capitalista e a atual organização social, política e, principalmente a econômica, não permite ou possibilita que isso se concretize realmente.

 

 

 

Isto acontece porque, afinal, vivemos tempos da plena produção, do pleno consumo, do descarte e da geração de enormes quantidades de passivos ambientais, com a produção de quantidades volumosas de lixo, rejeitos e outros. Indiscutivelmente, geramos intensos e extensos impactos ambientais. Neste contexto, a sociedade, de maneira geral, é forçada ou empurrada sistematicamente ao consumismo, ao descarte e, também, a naturalizar os problemas ambientais, e isso é muito sério e preocupante. Sobre essa questão, precisamos refletir continuadamente e, na medida do possível, exercitar práticas racionais e sustentáveis ambientalmente.

 

 

 

Entende-se que, de maneira geral, não precisamos de mais ou que a legislação ambiental seja mais rigorosa, afinal, esta é adequada; basta cumpri-la. Quando se fala em conscientização, porém, é preciso tomar para nós mesmos esse objeto ou bem natural fundamental à vida, que é a água! É preciso dizer, reconhecer e cuidar dessa água que é nossa! Deve ser uma ação coletiva, de todos e para todos! Importante, também, conhecer a dinâmica dos movimentos das águas, seus ciclos naturais, usos e manejos, sua disponibilidade e os seus limites.

 

 

 

Igualmente, nos sensibilizar, e porque não dizer, nos apaixonar pelas águas e defendê-las intensamente como patrimônio natural de todos! Temos que ter sensibilidade e responsabilidade com as águas para, assim, constituirmos consciência da necessidade de maior cuidado, afinal, todos a queremos em quantidade, qualidade e com regularidade. Há estudos que mostram que os maiores usuários da água são os setores produtivos, especialmente a agropecuária, a irrigação e a indústria e, segundamente, o consumo humano; mesmo assim, as narrativas em curso insistem e têm suas razões para asseverar que a economia de água deve ser realizada também nos setores que menos a usam! Isso significa que os discursos são produzidos, difundidos e recaem principalmente sobre o setor que menos utiliza as águas, que é o consumo humano.

 

 

 

É evidente que este setor também tem e deve fazer a sua parte no processo de uso e gestão racional das águas, mas, infelizmente, no mundo, a água pode ou já é propriedade de alguns, normalmente os de maior poder econômico. Logo, para a maioria da população, há menos água, com maior valor e pior qualidade. Por este motivo, a importância da participação social, que é fazer política no conceito mais amplo e original! É óbvio que isso passa pela dimensão da Educação, no sentido de melhorar os níveis de conhecimento, o estímulo ao envolvimento social e à democracia, aliás, algo que é tão caro nos dias atuais, que envolve a participação e as tomadas de decisão mais sensatas e que atendam a coletividade.

 

 

 

A água está intrinsicamente relacionada à economia, ao lazer e bem-estar, à saúde ambiental e pública, às questões sociais e culturais e à biodiversidade de cada localidade. Por isso, precisamos cuidá-la e preservá-la caprichosamente, conforme preconizam os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

 

 

 

Neste contexto, destaca-se, especialmente, o Objetivo 06 “Água limpa e saneamento”, que propõem a melhor utilização dos recursos hídricos, os quais são também finitos. Diante disso, é necessário intensificar os conceitos e as práticas de gestão integrada das águas, na perspectiva da sustentabilidade hídrica.

 

Thomas Felipe Bianek Barbosa – Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional pela Universidade do Contestado – UNC. E-mail: [email protected]

 

Dr. Jairo Marchesan – Docente do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e do Programa de Mestrado Profissional em Engenharia Civil, Sanitária e Ambiental da Universidade do Contestado (UNC). E-mail: [email protected]

Equipe A Gazeta Tresbarrense
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