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A memória e as emoções

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Você já parou para se perguntar como anda a sua memória? E qual a relação entre a memória e as emoções?

 

 

Hoje, com o excesso de informações e uma rotina atribulada, é quase impossível lembrar de tudo que temos para fazer e, geralmente acabamos repetindo a frase: “Poxa vida”, esqueci!”, com mais frequência do que gostaríamos!

 

 

Na maioria das vezes, coisas simples e rotineiras passam despercebidas. Já parou para pensar por quê esquecemos coisas simples ou muitas vezes nos esforçamos para lembrar de algo que aconteceu no mesmo dia ou a poucos dias atrás?

 

 

As falhas da memória também estão relacionadas com a falta de atenção! Hoje, os estímulos vêm de todos os lugares e a todo momento, assim, a nossa tendência é ficar acompanhando tudo que está acontecendo, e a consequência disso, é que a nossa atenção acaba sendo desviada constantemente. Para ilustrar como isso acontece, basta lembrarmos quantas vezes tivemos dificuldade de lembrar onde havíamos deixado a chave do carro, por exemplo. Isso pode acontecer por estarmos pensando em outras coisas ou por estarmos funcionando no modo automático sem a atenção no que estamos fazendo no momento.

 

 

Há muitos estudos sobre o nosso cérebro e a nossa memória, segundo Khalsa (1997) depois dos 40/50 anos, há pelo menos 2% de diminuição do peso cerebral total por cada década. Isso pode não parecer assustador a princípio, porém as áreas do cérebro que estão mais associadas à memória são atingidas de forma mais violenta. Por isso a estimulação do cérebro através de atividades físicas, por exemplo, é importante.

 

 

A memória também está relacionada com as nossas emoções, e a esta relação, temos o que se denomina de memória afetiva! Um exemplo de desse tipo de memória é quando associamos o perfume que sentimos a alguém especial ou a uma situação marcante, ou quando lembramos do gosto de uma comida que experimentamos na infância e nos reportamos a um prato preferido que ficou registrado como uma memória. Essas são memórias que não esquecemos com o tempo e que são lembradas com certa carga emocional, nos fazendo sentir saudosos ou alegres.

 

 

A memória é um fenômeno fascinante, ela carrega nossa história e nós a usamos para tudo, como para dirigir um carro ou para exercermos a nossa profissão no dia a dia. Para cada mínimo ato, abrimos uma espécie de caninho e acessamos uma informação que foi arquivada em nós. Como já afirmava o pensador italiano Norberto Bobbio (1909-2004): “Somos aquilo de que nos lembramos”.

 

 

Mas como podemos estimular o nosso cérebro e manter as nossas memórias ativas? Existem muitos exercícios e técnicas que já foram testadas e são confiáveis para exercitar nossa memória. Idoeta (2020) publicou algumas dicas de memorização as quais podemos fazer uso para criar novas memórias associadas a muitas emoções, são ótimas dicas para estimular tanto o nosso cérebro quanto a nossa memória! Confira abaixo:

 

 

1 – Visualizar: para lembrar de algo importante, podemos fazer a visualização em detalhes na nossa mente. O ato de visualizar cria no cérebro novas conexões referentes ao que desejamos, isso ajuda tanto a estimular a nossa memória quanto a otimizar o nosso tempo, pois quando lembramos o que precisamos fazer, economizamos o tempo que seria dispendido para lembrar em casos de esquecimentos;

 

 

2- Associar: Esta dica se refere ao ato de lembrar de algo por associação, muito utilizado em cursinhos pré-vestibulares. Essa associação pode ser feita ao inventarmos uma história que, além de armazenar as informações e detalhes que precisamos lembrar, também estimula a nossa criatividade e o bom-humor se a história for bem engraçada;

 

 

3- Musicalização: A música ativa várias regiões do cérebro e é uma ferramenta fantástica para a memória. Quem não lembra de alguma música “chiclet” que não saia da cabeça e que a aprendemos de cor sem termos feito o mínimo esforço para a memorizar?. Ela pode ser usada em forma de paródia e jingle para a memorização de algum conteúdo para uma prova por exemplo.

 

 

Além dessas dicas, Khalsa (1997), destaca a importância de uma alimentação saudável, a prática de atividade física e o hábito da meditação que ajudam a controlar o nível de estresse desencadeado pelo hormônio do cortisol que, consequentemente ajuda também na estimulação da nossa memória. Estas são algumas atividades simples e que são fantásticas para mantermos a longevidade do nosso cérebro em meio a rotina agitada que muitos de nós vivemos.

 

 

Referências

 

KHALSA, Dharma Singh. Longevidade do cérebro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001

 

IDOETA, Paula Adamo. Cinco técnicas para estimular a memória, segundo a neurociência. BBC News Brasil em São Paulo. Publicado em 03 out. 2020 Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-53603640 Acesso em: 20 set. 2021

 

 

Príncela Santana da Cruz – Docente do curso de Psicologia da UnC Canoinhas e Mestranda no Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado (UnC). E-mail: [email protected]

 

Fernanda Gonçalves Padilha – Discente do curso de Psicologia da UnC Canoinhas. E-mail: [email protected]

Equipe Gazeta
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