InícioCegueira e SolidariedadeDia internacional da Mulher: Breve história e reflexões

Dia internacional da Mulher: Breve história e reflexões

Últimas notícias

GAECO e GEAC deflagram 5ª fase da Operação Mensageiro; deputado é visitado

Na manhã desta segunda-feira (29-4), o Grupo de Atuação...

Acidente na BR-116 resulta em cinco mortes

Na noite deste domingo (28), equipes do Corpo de...

Colisão na BR-280 em Três Barras, mata mulher e deixa seis feridos

Na noite deste domingo, 28, os bombeiros de Três...

Oito de março é uma data que faz menção ao Dia Internacional da Mulher. Entende-se que não é um dia de comemoração, mas, acima de tudo, um dia de reflexão. Afinal, para se ter essa data, infelizmente, no ano de 1857, em Nova York – Estados Unidos, em pleno processo de industrialização daquele país, em uma indústria têxtil, 129 mulheres foram trancadas dentro de uma fábrica pelos seus patrões e queimadas vivas.

 

 

Dentre os motivos de tal brutalidade, destacam-se a decisão por uma greve geral promovida pelo movimento das mulheres, para a redução da jornada de trabalho, por melhores condições de trabalho e de salários, respeito, dignidade, contra a violência, dentre outras reivindicações. Antes de serem queimadas, as mulheres teciam e tingiam tecidos da cor lilás. Por isso, nesse dia, a cor lilás é muito utilizada ou faz alusão à data e, principalmente, ao terrível episódio.

 

 

No entanto, pena, que muitas pessoas, inclusive mulheres, desconhecem e muito menos sabem da história, e pior, algumas nem reconhecem. Lamentável! Todavia, no ano de 1910, na Dinamarca, por ocasião do 1º Congresso Internacional da Mulher é que ficou decidido que o dia 08 de março passaria a ser considerado como Dia Internacional da Mulher, em homenagem às mulheres que morreram queimadas na fábrica norte-americana no ano de 1857. No entanto, apenas no ano de 1975 a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu oficialmente e passou a ser adotado por todos os países do mundo o dia 08 de março como o Dia Internacional da Mulher. Este dia é um marco histórico e principalmente para a luta e a resistência das mulheres por reconhecimento dos seus direitos, respeito e dignidade.

 

 

 

Afinal, apesar de algumas conquistas que as mulheres obtiveram ao longo da história, muitas ainda sofrem discriminação social, assédio e desvalorização profissional. Nesta direção, de maneira geral, as mulheres continuam recebendo salários menores que os homens no desempenho da mesma função; as taxas de desemprego das mulheres são maiores perante aos homens, violência doméstica, sexual, dentre outros. No Brasil, por exemplo, as questões que envolvem as mulheres estão longe de serem resolvidas, infelizmente.

 

 

Assim, não é por acaso que em muitos municípios brasileiros há a Delegacia da Mulher! Este país continua, de maneira geral, racista, violento, xenófobo, preconceituoso e, acima de tudo, machista. Prova disso, e para refletir: politicamente, quantas mulheres são ou foram Vereadoras, Prefeitas, Governadoras ou Presidentes da República? Aliás, uma mulher foi Presidente da República, e escandalosamente ou vergonhosamente foi apeada do governo pela elite branca e machista, por meio de um golpe político, jurídico e midiático! Paralelamente, na iniciativa privada, poucas são as mulheres que alcançaram ou estão em funções de destaque de administrações, gerências, ou ocupando cargos de destaque, comparadas à superioridade masculina.

 

 

E as que ocupam cargos ou funções de destaque sabem, de maneira geral, o quanto são, por vezes, desprezadas ou sofrem preconceitos. Mais: há um conjunto de situações que desprezam, ridicularizam ou inferiorizam as mulheres e que são reproduzidas cotidianamente, com piadas, letras musicais, relações de mercado que as expõem em situações vulgares, de exploração corporal, social, sexual, econômica, dentre outras. Por outro lado, é preciso reconhecer que muitas mulheres estão na linha de frente no trabalho, nas mobilizações, nas reivindicações, nos Movimentos Sociais e Feministas na luta para a construção de relações de respeito e de igualdade.

 

 

 

É preciso que a sociedade faça um exame de consciência, estude a real história desse país, reconheça os erros históricos cometidos contra as mulheres, e, acima de tudo, estabeleça relações respeitáveis e de igualdade com as mulheres.

 

 

 

Drª. Maria Luiza Milani – Docente do Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado (UnC). E-mail: [email protected]

 

Dr. JAIRO MARCHESAN – Docente dos Programas de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Regional e do Programa de Mestrado Profissional em Engenharia Civil, Sanitária e Ambiental da Universidade do Contestado (UnC).

E-mail: [email protected]

Equipe Gazeta
Equipe Gazetahttps://gazetanortesc.com.br
Somos um jornal de notícias e classificados gratuitos. Estamos há 25 anos no mercado e nosso principal diferencial é o jornal digital.