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Relato de uma jovem; Eu venci o Covid

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No dia 09 de maio de 2021 (domingo), acordei e não estava me sentindo bem.  Muita dor de cabeça e dor no corpo. No final do dia comentei com minha família que não estava me sentindo bem e por volta das 20h30 fui me deitar.

 

 

Na segunda-feira fui para escola e durante a aula estava sentindo muito calor e dor na garganta. Mesmo com os sintomas, realizei uma prova, e pedi para o professor para ir até a secretária solicitar permissão para ir pra casa. Fui liberada por volta das 08h30.

 

 

Assim que saí, me dirigi ao posto de saúde que fica próximo à minha residência. Fui informada pela enfermeira que o médico estaria presente somente às 13h. Chegando em casa fui deitar e adormeci. Por volta das 12h02, minha mãe veio me acordar, pois, estava preocupada comigo devido a situação.

 

 

Foi quando minha mãe contou que também estava com os mesmos sintomas e isso me abalou. Até aquele momento, acreditava que eu era a única a ter contraído o Covid-19. Porém, percebi que as pessoas ao meu redor também poderiam estar infectadas e com grandes chances de eu sido a responsável pela propagação do vírus aos familiares. Isso me deixou bastante incomodada.

 

 

Decidimos ir juntas ao posto de saúde e chegando ao local, fomos encaminhadas para a Central de Atendimento ao Covid-19 do município onde aguardamos por volta de 2h30 para ser consultadas. A Médica da Central informou que apenas uma pessoa por família poderia realizar o teste. Pedi para dar preferência à minha mãe, devido a sua idade.

 

 

Na terça-feira (11/05), percebi que os sintomas estavam ficando mais fortes. Aparentemente, tive reação do medicamento prescrito pela Médica na segunda-feira (10/05). Na quarta-feira (12/05), eu continuava deitada, não tinha vontade de comer, aliás, eu não sentia vontade alguma, nem de me levantar da cama.

 

 

Na quinta-feira (13/05), minha mãe já se sentia melhor dos sintomas. Porém, eu continuava me sentindo muito mal. Por volta 13h30 fomos realizar o teste que havia sido agendado anteriormente. Minha mãe testou positivo para o Covid-19. Nesse instante, parecia que o mundo havia desabado. Minha mãe tem 43 anos e mesmo sabendo que ela já se sentia melhor dos sintomas, ainda assim, fiquei bastante preocupada.

 

 

A Médica receitou os medicamentos necessários para o tratamento e deixou minha mãe e todos da família em quarentena por 14 dias. No sexto dia, meus sintomas reduziram drasticamente e no sétimo dia comecei a me sentir melhor.

 

 

Durante o período que permaneci em casa, em alguns dias eu não consegui tomar banho sozinha. Pensei em pedir ajuda para minha mãe, mas, lembrei que ela também estava mal dos sintomas, pensei em minha irmã mais jovem, porém, tive um medo dela contrair o vírus. A única possibilidade que encontrei naquele momento foi pedir ajuda ao meu pai para ele me auxiliar durante banho, algo que há muitos anos não ocorria e que me deixou constrangida.

 

 

Nos momentos em que fiquei em quarentena percebi a falta da minha rotina, da qual eu tanto reclamava. Pois, quando estava bem, não dava a devida atenção. São coisas simples e pequenas do dia a dia que nos fazem falta, como por exemplo, tomar banho, conseguir ir até a varanda de casa, conversar com minha família, tomar chimarrão, etc.

 

 

Esse período me fez perceber que essa doença não escolhe pessoa, idade, tamanho, peso ou raça, pois,  com 18 anos tive os sintomas mais fortes que minha mãe. Assim, percebi que devemos dar valor as pequenas coisas, pois são nesses atos simples e rotineiros que a vida acontece.

 

 

Concluo este relato com a seguinte orientação aos jovens: por favor se cuidem, utilizem máscara, passem álcool em gel nas mãos, mantenham distanciamento social e troquem as suas vestes sempre que for possível. Este vírus não é brincadeira, e infelizmente muitos de nós, jovens, então perdendo suas vidas devido ao descuido em relação as precauções sanitárias.

 

 

Se o fato em questão fosse apenas o vírus, estaria tudo bem, mas o maior problema são as consequências que ocorrem com ele, das possíveis sequelas que ficam após a recuperação, e ainda o óbito de pessoas que amamos, amigos, parentes, colegas de profissão, colegas de turmas, etc.

 

 

Eu sou Jenifer Sabrine Ferraz, tenho 18 anos e estudo no 3° ano do Ensino Médio da EEB Frei Menandro Kamps. Escrevi este relato para alertar aos jovens sobre a importância de cuidar de si e daqueles que amam. Sou grata pela vida e digo com muita alegria: VENCI O COVID-19!

Equipe Gazeta
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