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Quando Edward Lorenz, em 1963, propôs a Teoria do Caos, que mais comumente ficou conhecida como Efeito Borboleta, a propagação de informações ainda engatinhava perto ao alcance que se têm hoje. O conhecido bater das asas da borboleta que poderia causar uma tempestade do outro lado do mundo nunca se fez tão nítido como nos tempo atuais.

 

 

Fatos recentes , como a eleição nos EUA e o plebiscito no Mercado Comum Europeu, demonstram o quão rápido as notícias podem surgir, se proliferar e surtir efeito, isso ainda antes da sua confirmação de origem. Tenebroso é um bom adjetivo, mas vai ainda mais além, quando se verifica que as informações são trafegadas de forma induzida, manipulada, dirigida, e depois apagada a origem, passando a ser uma nau desgovernada que ninguém mais sabe de qual porto saiu.

 

 

Essas notícias falsas (ou fake news como brasileiro gosta de usar termos em inglês) tomaram uma dimensão ampla, pois a possibilidade de se ocultar as origens e fontes de informação criam esse terreno fértil a criatividade com uso nada ortodoxo.

 

Desde um simples bate papo virtual, rede social em geral, o uso de perfis falsos se prolifera exponencialmente. Até poderia se dizer que é para se esconder inibições, proteger intimidades, promover vaidades, etc., até ai ficaria no campo da normalidade, pois isso também se encontra afora do mundo virtual.

 

 

Uma questão grave, no entanto, é quando esse mundo fictício de notícias vai além do alcance da pessoalidade e gera entendimento incorreto da realidade para uma parcela significativa da sociedade. Afeta um segmento, uma comunidade, uma cidade, região e assim por diante. Após dado o início da notícia falsa a inércia faz o restante, levando a desinformação adiante até um ponto de esgotamento da força dessa repercussão.

 

 

Se o esclarecimento ou correção dessas desinformações tivessem a mesma rapidez e amplitude, mesmo assim haveria prejuízos, mas nem isso acontece, sendo quase sempre mais divulgado o boato do quê a veracidade da informação.

 

 

A tecnologia está patinando no controle as notícias falsas, tanto pela rapidez que surgem e desaparecem quanto pela enormidade de canais de distribuição que se criou com a explosão das redes sociais. Um exemplo comum é o ”requente” de notícias de anos passados, como se fossem atuais e inéditas, como textos pinçados e manchetes distorcidas. Quase diariamente surgem nos faces, whats, etc.

 

 

O usuário comum precisa de mais clareza a respeito desse tema, procurando confirmar as origens(fontes) dessas notícias falsas, a quem interessa divulgar e a qual resultado esperado foram divulgadas. É difícil claro, pois o ritmo e fluxo é tão grande que se torna difícil explorar a fundo as informações que recebemos.

 

 

Mas não custa dar um raciocinada antes de replicar no seu ambiente as notícias recebidas. Cada um fazendo um pouco disso, todos só têm a ganhar em conteúdo e conhecimentos.

 

 

 Escrito por: Nilson Sousa, Contador, MBA em Marketing e Acadêmico de Direito.

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Equipe A Gazeta Tresbarrense
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