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Memórias da região: família Szczerbowski

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O imigrante Luis Szczerbowski, natural de Waldovice, na Polônia, chegou ao Brasil por volta de 1900. Estabelecido em Curitiba, por quase uma década, lá se casou com Maria, também polonesa. Quando residia em Curitiba foi redator do jornal Naród (O povo) com 600 exemplares de tiragem, de 01 de janeiro de 1908 até o final de 1909. Era um jornal de caráter popular, onde o redator (ele próprio) posava de camponês. Mudou para Três Barras em 1911.

 Embalagens de cigarro – início do século XX

(Acervo de Alvino Szczerbowski)

 

 

Falava o polonês, inglês, russo, alemão e português, assim tinha fácil comunicação com os administradores da serraria Lumber, onde trabalhou como apontador e vendedor de terras no início da colonização. Foi ainda proprietário de uma fábrica de cigarros de papel, importando fumo da Turquia com as marcas: Rio Tigre, Três Barras.

 

 

 

Casa de descendentes da família Szczerbowski, construída no início do século XX na localidade da Colônia Tigre-Três Barras-SC.

(Foto: Soeli Regina Lima)

 

Os seus primeiros implementos agrícolas foram trazidos da Eslováquia. Formou um pomar com sementes importadas produzindo frutas e verduras de excelente qualidade. Foi um autêntico empreendedor. Instalou na Colônia Tigre um gerador elétrico e um moinho colonial movido com força hidráulica para moer trigo, centeio, milho, tafona de farinha de mandioca e polvilho, descascador de arroz, picador de palha. Teve ainda um apiário.

 

 

 

Alvino Szczerbowski

(Foto: Soeli Regina Lima)

 

 

De acordo com entrevista realizada com Alvino Scherboski, nascido no ano de 1938 e neto de Luis Szczerbowski, seu avô teve quatro filhos: Boleslau, Luis, Mariano e Alexandre. Ele assim relata sobre a vida de seu avô:

 

 

“Meu avô veio da Europa, solteiro. Casou em Curitiba. Eu não conheci meu avô. Ele morreu novo. O pai ficou com 16 anos. O tio Boleslau, era casado, e cuidou da família. Da Europa ele veio noivo, junto com a sogra dele, para evitar de servir o exército. Quando ele soube da companhia Lumber, ele veio trabalhar como apontador e se estabeleceu aqui em Três Barras e comprou terras no Tigre. Ele foi um dos primeiros colonos. Ele era vendedor de lotes, loteado pela Lumber.  Eles anunciavam a venda de terras no jornal. A família da minha mãe, que era ucraniana, veio de Antonio Olinto e de Iracema.  Meu avô tinha fábrica de cigarros, mais era manual. Fumo era importado e montado os cigarros lá no Tigre. Tinha comércio em Três Barras, armazém e açougue e a chácara no Tigre, onde nós temos terreno, hoje, lá de herança”.

 

 

 

 

Se você tem uma história familiar sobre a Guerra do Contestado (Guerra dos Jagunços), serraria Lumber ou da colonização da região e gostaria de divulgar entre em contato para fazermos o registro.

 

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Equipe A Gazeta Tresbarrense
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