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Conheça um pouco sobre o processo de emancipação política de Três Barras, 63 anos de história

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O processo de emancipação política foi liderado por um grupo local denominado “Grupo dos Onze”, era formado pelos seguintes cidadãos: Cyríaco Felício de Souza, Pedro Merhy Seleme, Pedro Flores, Pedro Arbus dos Santos, João Bedretchuck, João Batista Pacheco, Emiliano Uba, Ricardo de Oliveira, Carlos Schramm, Boleslau Polanski, Alfredo Soares e José Ivan da Costa.

 

Como líder do Grupo Cyríaco Felício de Souza mantinha correspondências com governadores eleitos, publicava “Boletins” já no início da década de 1940 incentivando o povo a se unir pela criação do município, elaborou artigos onde publicava no Jornal “Correio do Norte”.

Foto acervo Museu Três Barras – Cyríaco Felício de Souza

Cyríaco Felício de Souza nasceu em Itajaí-SC, na Praia Brava em 16 de março de 1888, filho dos Lavradores Felício Laurindo de Souza e Maria de Souza. Era o terceiro filho do casal, suas irmãs mais velhas, chamavam-se Conceição e Maria. Em novembro de 1925 casa-se com a viúva Elza Borchert que já tinha um filho do primeiro casamento Alfredo Comitti. O casal teve mais 7 filhos: Maria da Conceição, Ivone, Jorge, José Felício (Juca), Ione, Irecê, Francisco Cyríaco. Por volta de 1910 passou a trabalhar na Empresa Lumber em Três Barras, trabalhou como ajudante de padeiro, na padaria da dona Bina. Algum tempo depois ele e o amigo Manoel Clemente compraram a padaria.

 

Manoel Clemente mais tarde vende sua parte ao amigo, onde amplia seu negócio instalando bar e loja de secos e molhados. Cyríaco trazia consigo a paixão pela política, sempre batalhando por melhorias no Distrito de Três Barras. Era Católico e muito amigo dos padres e dos bispos, lutou pela construção da Igreja Matriz “São João Batista”, instalação da luz elétrica, e a emancipação do munícipio de Três Barras. Faleceu no dia 13 de maio de 1962.

Foto acervo museu – Pedro Merhy Seleme

Pedro Merhy Seleme nasceu em 18 de maio de 1920 no Líbano, e veio para o Brasil com 8 anos de idade. Filho de Merhy Bechara Seleme comerciante e Faride Abrão Seleme. Casou-se com Julita Dequech, com quem teve 4 filhos: Ester Regina, Marilena, Antonio Luiz e Pedro Segundo. Cursou o primeiro grau completo, era comerciante.  Lutou pela emancipação do município, seu apoio foi decisivo para aquisição da luz elétrica e construção da ponte sobre o Rio Negro.

 

Foi prefeito por dois mandatos, 1967 – 1970/1983 – 1988. Durante o seu primeiro mandato como Prefeito construiu o prédio da Prefeitura, a construção da ponte sobre o Rio Negro e de várias escolas, organizando o Município. Em 1983 é eleito novamente prefeito do Município. Sempre trabalhou em prol do desenvolvimento do Município, e por tudo que realizou em Três Barras é homenageado com a Denominação do Paço Municipal “Pedro Merhy Seleme”. Faleceu em 01 de janeiro de 1993, está sepultado no Cemitério municipal de Três Barras.

 

Foto acervo museu – Pedro Amaro Flôres

Pedro Amaro Flôres natural de Tijucas-SC. Seus pais Pedro Amaro Sabino Flôres e Guiomar Plácida Brasil. Exercia a profissão de barbeiro. Casado com Clara Heleodoro Flôres com quem teve 7 filhos: Getúlio Liberal, Leonor Clara, Enoemi, Saul Aleluia, Darcy Pedro, Dorinho e Ruy José. Participou das campanhas pela emancipação do distrito, construção da ponte sobre o Rio Negro, e da construção da Matriz São João Batista.

 

Em 1954 Pedro e Cyríaco entregam pessoalmente uma carta para Juscelino Kubitschek, quando este veio à Canoinhas para sua campanha Presidencial, solicitando a construção da ponte entre Três Barras e São Mateus do Sul. No segundo ano de mandato de Juscelino a Presidência da República, Pedro Flôres escreve outra carta solicitando novamente a construção da ponte. Em 1955 a lumber entra em decadência econômica e fecha as portas, seu Pedro Flôres resolve ir embora de Três Barras, e vai morar em Mafra-SC.

 

Na festa de emancipação de Três Barras, seu Pedro Flores vem festejar com seus amigos. Em 1969 é inaugurada a ponte sobre o Rio Negro, a quarta reinvindicação debatida na sua barbearia. Em 1970 recebe o Título de Cidadão Honorário, e mais tarde após seu falecimento é denominada uma rua no município em sua homenagem: Rua Pedro Flôres. Pedro Flôres faleceu em 1971.

 

Foto acervo museu – Pedro Arbus dos Santos

Pedro Arbus dos Santos nasceu em São Francisco do Sul-SC, na Vila Miranda no dia 17 de setembro de 1907. Estudou até o 4º ano primário. Exerceu a profissão de Agente de Estação Ferroviário. Casou-se com Escolástica Machado dos Santos (conhecida como Consuelo). Tiveram 5 filhos: Clyonice (in memorian), Mércia, Arbus, Pedro (in memorian) e Binot (faleceu com 2 anos de idade), 12 netos, sendo 2 falecidos.

 

Em 1947 Pedro Arbus chega em Três Barras e assume a função de Chefe da Estação, foi uma surpresa pois ninguém estava o esperando. No decorrer dos dias apresentou-se a comunidade tresbarrense e também aos maçons da vila e da sede de Canoinhas. Foi presidente da UDN, sócio da SUO – Sociedade União Operária, onde frequentava assiduamente os bailes juntamente com sua esposa Consuelo, adorava dançar.

 

Lutou pela emancipação e melhorias no município com outros tresbarrenses, (Grupo dos Onze). Morou e trabalhou em Três Barras por 15 anos, em 1965 se aposentou e foi morar em Curitiba-PR. Faleceu em 02 de novembro de 1966, vítima de infarto.

Foto: Emiliano José Uba

Emiliano José Uba, filho de José Emiliano Uba e Happe Seleme Uba. Nascido em Três Barras (SC), aos 16 dias do mês de junho de 1923. Filho de comerciantes, formou-se na Faculdade de Ciências Contábeis de “Plácido Silva”, em Curitiba.

 

Dedicou-se ao comercio(instalou um escritório de contabilidade, que na época  fazia a “escrita” de quase todos os comerciantes nas redondezas, com seu pai organizou um moinho  fez parte do Grupo dos Onze, batalhou muito nas campanhas de instalação de luz elétrica na cidade, da construção da ponte sobre o Rio Negro, atuou como intendente no período que três Barras foi Distrito de Canoinhas-SC, trabalhou pela construção da Igreja Matriz são João Batista, também foi  o Primeiro Prefeito Provisório do Município.

 

Casado com Maria de Souza, tiveram seis filhos: Maria de Fatima, Miriam Madalena, José Emiliano, Maris Stela, Emiliano e João Cyríaco. Faleceu em 26 de julho de 1971, com 46 anos de idade.

Foto acervo museu – João Bedretchuk

João Bedretchuk, nasceu no dia 15 de novembro de 1925, na cidade de Paciência, próxima de Canoinhas. Filho de Miguel Bedretchuk e Vitória Motchedo Bedretchuk. Aprendeu a profissão de alfaiate quando era adolescente com seus tios.

 

Com o surgimento das fabricas seu Bedretchuk como era conhecido por todos, tornou-se comerciante, abrindo o Novo Horizonte comércio de secos e molhados. Dedicou-se a igreja, e mais tarde tornou-se o líder religioso, (Fundador da igreja Assembleia de Deus de Três Barras). Participou ativamente dos trabalhos para a emancipação do município. Casou-se com Iracema Carlotto Bedretchuk, e juntos tiveram 9 filhos: Estevão (in memorian), Otoniel (in memorian), Rubens (in memorian), Asenate, Gesiel, Eli, Jessé, Eunice e Ester, 18 netos e 21 bisnetos.

 

Uma curiosidade, aos 18 anos foi para São Paulo, fazer treinamentos de tiros de guerra no exército, e foi convocado a ir para a guerra (Segunda Guerra Mundial) nesse período, porém quando todos estavam dentro do navio para partir, as sirenes de todas as fábricas soaram e São Paulo toda ficou comovida com a situação, logo chegou a notícia, de que a Alemanha havia se rendido e que a guerra tinha chegado ao fim.

 

Foto acervo Museu Três Barras – João Baptista Pacheco

João Baptista Pacheco nasceu no dia 13 de janeiro de 1906, filho do Cel. Leocádio Pacheco dos Santos Lima fazendeiro, comerciante e Rosa dos Santos Lima. Era casado com Zilda Pinto Figueira, com quem teve 10 filhos: Abigail, Leocádio, Aglaci, Lourival, Agar, Aglaé, Lutércio, Lineu Levy e Luiz Cezar.

 

Foi funcionário da Lumber, exercendo a função de armazenista de 10 de agosto de 1930 até 31 de outubro de 1938, em seguida abriu sua própria casa comercial, onde muitos dos produtos eram produzidos nas suas propriedades, inclusive a excelente farinha de mandioca que vendia no comércio local. João Baptista era um visionário, em 1956 vendeu parte de suas terras para a Rigesa, sabendo o quanto era importante a vinda da empresa para o desenvolvimento do ainda Distrito Três Barras. Lutou junto aos seus companheiros pela emancipação de Três Barras.

 

Infelizmente não conseguiu ver a emancipação, falecendo no dia 22 de junho de 1960. A Câmara de Vereadores reconheceu seu trabalho junto ao “Grupo dos Onze” concedeu-lhe o título de Cidadão Honorário e deu seu nome a uma rua da cidade.

Foto acervo museu – Ricardo de Oliveira

Ricardo Gonçalves De Oliveira (conhecido como Seu Dick), nasceu em 21 de abril de 1901 na cidade de Ponta Grossa – PR. Filho de João Gonçalves de Oliveira e Rita Hauss de Oliveira. Estudou até o 4º ano primário. Era casado com Carolina Xavier de Oliveira com quem teve 4 filhos: Aristeu, Dirceu, Dirce e Odracir.

 

Foi guarda-livros, representante comercial, (representava firmas de Curitiba, Joinville, Jaraguá do Sul, etc.), era representante do Banco INCO (Banco Indústria e Comércio de Santa Catarina S/A). Foi Vereador na Câmara de Canoinhas, representando o Distrito de Três Barras. Organizou o Subdiretório da UDN onde foi presidente, em 1947. Lutou junto com seus companheiros para a emancipação do município.

 

Em 1961 com o Município de Três Barras emancipado, concorreu para vereador e se elegeu.  Sempre muito atuante na sociedade, colaborava voluntariamente na organização dos clubes e festas de igreja. Por muitas vezes foi Presidente, Secretário ou Tesoureiro de clubes e associações. Em 1971 a Câmara de Vereadores concedeu-lhe o título de Cidadão Honorário e depois de sua morte, uma rua da cidade leva o seu nome. Faleceu em 25 de dezembro de 1975 com 74 anos de idade.

 

Foto acervo Regina – Carlos Schramm

Carlos Schramm nasceu em Itajaí – SC, em Penha no dia 21 de agosto de 1908, seus pais Bernardo Francisco Schramm e Maria Madalena Goedert Schramm. Perde seu pai com 3 anos de idade, e sua família resolve mudar-se para Gaspar-SC onde estudou em uma escola alemã de padres franciscanos.

 

Quando era adolescente foi morar com a família de seu irmão em Lençol, interior de Rio Negrinho – SC. Quando veio para Três Barras nos anos 20, foi trabalhar no escritório da Lumber, onde teve aulas de inglês com o diretor Sr. Weinmeister, foi um dos poucos que aprendeu e tornou-se fluente na língua inglesa.  Falava, lia e escrevia em inglês e alemão. Esse gosto pela leitura e conhecimento transmitiu aos filhos. Foi político atuante, quando Três Barras era distrito de Canoinhas representou por duas vezes como vereador, sendo eleito como presidente da Câmara. Participou do “Grupo dos Onze”, cuja a luta resultou na emancipação do Município. Casou-se com Maria da Luz Rauen Schramm em 1936, e tiveram 4 filhos: Roseli Maria (falecida), Regina Celi, Rita de Cassia e Carlos Otávio (Falecido). Quando as dependências da Lumber passam para o Exército, a família muda-se para Curitiba-PR.

 

Lá trabalhou no Colégio Militar e aposentou-se. Mesmo depois de aposentado continuou trabalhando em madeireira, pois tinha conhecimento no ramo e fluência em línguas. Seus últimos anos de vida, morou em Canoinhas-SC e foi colunista do jornal” Correio do Norte”. Faleceu aos 82 anos, em 23 de setembro de 1990.

Foto acervo museu – Boleslau Polanski

Boleslau Polanski nasceu em 08 de março de 1913, na cidade de Paulo Frontin-PR.  Filho de José Polanski e Maria Polanski (ambos nascidos na Polônia). Casado com Basia Stepurska com quem teve 05 filhos: Sessuaf, Elzita, José, Tereza e Sandra. Quando Boleslau chegou em Três Barras, trabalhou na madeireira Lumber como operário.

 

Após o fechamento da empresa abriu uma barbearia, foi carpinteiro, marceneiro e pedreiro. Uniu-se aos que lutavam por melhorias e pela emancipação do município, o chamado “Grupo dos Onze”. Sua esposa sempre o apoiou nessa luta, era muito querida por todos. Polanski viu se concretizar a emancipação política e a construção da ponte sobre o Rio Negro. Faleceu em 03 de setembro de 1970.

 

Recebeu o Título de Cidadão honorário, e a rua onde conheceu sua esposa, hoje denomina-se Rua Boleslau Polanski.

 

Foto acervo museu – Ivan José da Costa

José Ivan da Costa, filho de Francisco de Assis da Costa e Benvinda Pacheco da Costa. Nasceu em 20 de fevereiro de 1931. Casou-se com Nilda Cordeiro da Costa com quem teve 7 filhos: Iracy, José Spartago (morreu ao nascer), José Augusto, Dulce Maria, José Ivan Junior, Clovis Mariano e Mauro Rodrigo.

 

Formou-se em advocacia. Foi Vereador na Câmara de Canoinhas, eleito pelo Distrito de Três Barras, de 1959 a 1962, foi delegado e Promotor de Justiça. Nas campanhas para vereador José Ivan da Costa se compromete a lutar pela emancipação política do Distrito. No dia 03 de agosto de 1960, faz a leitura do projeto na Câmara de canoinhas, em novembro de 1960 é aprovado o Projeto de Lei que cria o Município de Três Barras.

 

A criação do município foi oficializada através da promulgação da Lei nº. 632 de 23 de dezembro de 1960, pela assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina. Por esse fato José Ivan da Costa é integrado ao “Grupo dos Onze”, como forma de homenageá-lo. Faleceu em 12 de agosto de 2003.

 

Foto acervo museu – Alfredo Soares

Alfredo Soares nasceu em……. na cidade de ……….., era filho de……. e ………. . Casado com……., com quem teve ….filhos:……..,….. . Era agente do correio. Fez parte do “Grupo dos Onze”, que lutaram por melhorias no Distrito luz elétrica, construção da ponte sobre o Rio Negro e pela emancipação política do Município. Faleceu em……… .

Se alguém tiver informações sobre Alfredo Soares, peço por gentileza entrar em contato no watts (47) 992908937, falar com a professora Sueli, ou enviar informações ao Museu Municipal pelo watts (47) 992684729. Agradeço.

Três Barras precisa de pessoas fortes e com vontade de trabalhar”, diz Ana  Claudia Quege ao assumir o mandato efetivo de prefeita - Prefeitura de Três  Barras

 

Não poderíamos deixar de citar a primeira mulher prefeita do nosso município, a senhora Ana Cláudia da Silveira Quege, a qual temos o maior orgulho de representar nos mulheres, sendo essa pessoa digna, carismática, inteligente e que muito fez em pouco tempo de administração e que muito mais fará.

Ana Cláudia, é formada em administração e direito,  sendo a primeira mulher a se tornar vice-prefeita e prefeita em nosso município.

 

 

Texto Professora de História – Sueli Madeira

Referência:

Livro: Casa Brasileira – Jorge de Souza

José Souza

Câmara de Vereadores de Três Barras-SC (Vereador Ernani Junior e funcionários)

Familiares que forneceram dados: Carlos Schramm (Regina) João Bedretchuk (Ester e Flavia), Pedro Flores (Andrea), Ricardo de Oliveira (Nivea e Dirce), José Ivan da Costa (Iracy), Pedro Arbus dos Santos (Elaine), Pedro Merhy Seleme (Marcio). Boleslau Polanski (José e Bety).

 

Equipe A Gazeta Tresbarrense
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