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Chega de procrastinar: Vamos agir?

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Você costuma deixar tarefas para depois? Deixa de fazer ou até mesmo interrompe algo que deveria ser concluído dentro de um prazo? As frases: “eu demoro em tomar decisões, até que seja tarde demais”, “eu estou sempre dizendo: farei isso amanhã” ou “tem tempo, farei depois”; “deixar as coisas para o último minuto tem atrapalhado minhas decisões”; são comuns na vida de muitas pessoas.

 

 

Você se identificou com alguma das falas acimas?

 

 

Então vale ressaltar que a procrastinação é o ato de adiar tarefas, adiar compromissos, ato de deixar para em cima da hora decisões ou tarefas importantes. Segundo Correia e Moura Júnior (2017) a procrastinação é um comportamento social complexo que envolve múltiplas dimensões e áreas da vida, como os domínios sociais, trabalho, saúde e processo criativo.

 

 

Portanto, não há evidências entre procrastinação e inteligência, porém procrastinadores produzem trabalhos inferiores, são pior avaliados no quesito desempenho e relatam maior ocorrência de sintomas de estresse e doenças após a realização de seus trabalhos (CORREIA; MOURA JÚNIOR (2017).

 

 

Você está pensando em como deixar de procrastinar? Pois bem, existem técnicas funcionais que auxiliam na resolução da procrastinação, na Psicologia, especificamente na área comportamental, existe uma técnica que pode lhe ajudar a desenvolver uma rotina organizada; esta técnica é chamada de modelagem.

 

 

A Modelagem é o processo pelo qual os comportamentos operantes – comportamento voluntário, por exemplo: andar, correr, pular e outros -, são modificados numa série de passos. A modelagem serve principalmente para adquirir novos comportamentos. É interessante saber que a Modelagem pode ocorrer naturalmente e involuntariamente, assim como, também pode ser conceituado como um procedimento de treinamento explícito.

 

 

A modelagem pode ser usada para “combater” a procrastinação, pois a mesma pode ser usada para a aquisição de um novo comportamento que o indivíduo não exibia antes. Deste modo, usando a modelagem de maneira correta, pode-se desenvolver comportamentos que o ajudará a cumprir suas tarefas, deixando de lado a procrastinação.

 

 

Pode-se usar como exemplo o uso da modelagem por Mathews, Hodson, Crist e Larouche (1992 apud HAYES e HOFMANN, 2020, p.179), onde utilizaram a modelagem para aumentar a adesão das crianças ao uso de lentes de contato. Tendo como base este exemplo das crianças, pode-se pensar em como implantar a modelagem para que se estabeleça uma rotina de estudos sem procrastinar, ou seja, sem deixar o estudo para o último momento antes de uma prova importante por exemplo. Mas, como fazer isso?

 

 

Com a modelagem, para que se possa vencer a procrastinação, é essencial primeiramente definir a tarefa que se deseja realizar e utilizar listas com os passos para efetivar a tarefa proposta. Após definida a tarefa, aponte os obstáculos que geralmente desviam a atenção para a realização da mesma (podendo ser desde o ambiente onde você se encontra – é um local tranquilo? -, uso de redes sociais e celulares no momento da execução da tarefa e outros). Liste maneiras para diminuir a influência desses estímulos, se for necessário reorganize seu local de estudo/trabalho, utilize aplicativos de bloqueio para que sua atenção não vá embora com notificações no celular. E por último: pense no que lhe motiva, nas atividades que gosta e lhe deem prazer, para que assim você possa se presentear após finalizar suas tarefas.

 

 

Sendo assim, a modelagem resultaria em um novo comportamento, superando a procrastinação ao elaborar um plano dificultando o comportamento procrastinador e recompensando o comportamento realizado, que é o desejado, aumentando assim a probabilidade de fazer suas tarefas e cumprindo dessa forma suas metas dentro de seus prazos. Agora, após as dicas, chegou a hora de definir o ritmo ao qual você deseja trabalhar, e pôr o seu plano em prática. Que tal começar agora? Boa sorte!

 

 

 

Aline Victória Iarrocheski – Aluna de Graduação do curso de Psicologia da Universidade do contestado (UnC), Canoinhas/SC. E-mail: [email protected]

Jenifer Fernanda Grein – Aluna de Graduação do curso de Psicologia da Universidade do contestado (UnC), Canoinhas/SC. E-mail: [email protected]

Thamyris Gonçalves Daeuble – Aluna de Graduação do curso de Psicologia da Universidade do contestado (UnC), Canoinhas/SC. E-mail: [email protected]

Príncela Santana da Cruz – Docente do curso de Psicologia da UnC Canoinhas e Mestranda no Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado (UnC). E-mail: [email protected]

Jaquelini Conceição – Professora e Coordenadora do Curso de Psicologia da UnC Canoinhas. E-mail: [email protected]

 

 

Referência

CORREIA, Rony Rodrigues; MOURA JÚNIOR, Pedro Jácome; Aprendizagem e Procrastinação: Uma Revisão de Publicações no Período 2005-2015. REICE. Revista Iberoamericana sobre Calidad, Eficacia y Cambio en Educación. Madrid, Espanha. Vol. 15, n. 2, p. 112. Jan. 2017.

CORREIA, Rony Rodrigues; MOURA JÚNIOR, Pedro Jácome; Aprendizagem e Procrastinação: Uma Revisão de Publicações no Período 2005-2015. REICE. Revista Iberoamericana sobre Calidad, Eficacia y Cambio en Educación. Madrid, Espanha. Vol. 15, n. 2, p. 114. Jan. 2017.

HAYES, Steven C; HOFMANN, Stefan G. Terapia Cognitivo-Comportamental baseado em processos. Ciência e competência clinicas. 1 ed. Porto Alegre. Artmed. 2020. p. 179.

 

Equipe Gazeta
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