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A importância da saúde mental no desempenho de atletas olímpicos

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Escrito por: 

 

Évelyn Bueno. Mestranda em Desenvolvimento Regional.

João Carlos Vicente de Lima. Especialista em Direito Administrativo.

 

A classificação para participação em Olimpíadas é uma das grandes alegrias na carreira de qualquer atleta. Oportunidade em que alguns tornam-se referências em suas respectivas modalidades, como foi o caso de Simone Biles, ginasta norte-americana que, nas Olimpíadas do Rio em 2016 conquistou quatro medalhas de ouro e uma de bronze, tornando-se um fenômeno da ginástica artística feminina.

 

 

Contudo, essa mesma alegria vem acompanhada de grande esforço, concentração e responsabilidade. Para obter bom desempenho e, quiçá, subir ao pódio, o atleta precisa ir além da boa técnica, é imprescindível manter a condição psicológica em equilíbrio.

 

 

Nesta semana, Simone Biles, atleta da qual o mundo todo esperava grandes resultados, especialmente após o seu desempenho brilhante em 2016, não suportou a pressão da qual vinha sendo alvo. Favorita para os ouros da ginástica artística na Olímpiada de Tóquio 2020, teve seu desempenho comprometido pela pressão psicológica, o que resultou na sua retirada da competição por equipes no dia de ontem e da final individual geral feminina, anunciada hoje pela delegação norte-americana.

 

 

Por outro lado, os reflexos de uma condição psicológica em desequilíbrio, manifestou-se também no mesatenista brasileiro Hugo Calderano, na rodada de quartas de finais do tênis de mesa, ao enfrentar o adversário alemão Dimitry Outcharov.

 

 

Cabe destacar que Calderano, mesmo ao ser derrotado por Dimitry, fez história para o tênis de mesa nacional, sendo o primeiro brasileiro a chegar às quartas de finais de uma olimpíada.

 

 

Hugo Calderano ocupa a 6ª posição no ranking mundial do tênis de mesa, e possui grandes habilidades e competência. Possuindo qualificação mais do que suficiente para vencer o adversário alemão, que atualmente ocupa a 10ª posição do ranking mundial. A qualidade do tênis de mesa jogado por Hugo, ficou evidente nos dois primeiros sets da partida, onde demonstrou foco, concentração e eficiência, tomando a frente da partida por 2 sets a 0 (11×7 e 11×5).

 

 

Vivendo a possibilidade de chegar às semifinais, e ao perceber que estava prestes a fazer história, retornou ao terceiro set com o ar de ansiedade, o que impactou negativamente no seu desempenho, quando Dimitry venceu o set e posteriormente empatou a partida em 2 sets a 2 (11×8 e 11×7).

 

 

Mesmo diante da recuperação do atleta alemão, no quinto set Hugo abriu o placar em 7×1, porém, Dimitry encostou o placar em 7×5. Na sequência Hugo marcou o 8º e seu último ponto do set, quando o mesatenista alemão virou o jogo em 11 a 8, vencendo o quinto set. Cabe destacar que dos 10 pontos de virada, que garantiram a vitória no quinto set para Dimitry, 7 deles foram oriundos de erros do mesatenista brasileiro.

 

 

No sexto e último set da partida, Dimitry vence por 11 a 2, eliminando Hugo da corrida ao pódio. Embora Hugo tenha feito história ao chegar nas quartas de finais, o seu mau desempenho vinculou-se a pressão sentida ao disputar uma partida que poderia leva-lo às semifinais, de modo que sua derrota foi decorrente do desequilíbrio psicológico. O que é uma pena, pois como dito anteriormente, Calderano possui habilidade superior à do alemão, e tinha qualificação e competência mais que suficiente para vencer o adversário.

 

 

Desse modo, é notável que atletas precisam enfrentar desafios que vão além de aprimorar suas habilidades técnicas, pois o equilíbrio mental é tão, senão mais importante quanto as habilidades físicas, e acreditem, perder para o psicológico é a derrota mais amarga e dolorosa para qualquer atleta.

 

 

 

Obs: Nas olimpíadas as partidas de tênis de mesa são compostas de até 7 sets. Sendo necessário 4 para a vitória e cada set é composto de 11 pontos.

Equipe Gazeta
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