A falta de água no centro e bairros da sede do município de Três Barras, assim como na localidade do Km 06, deve ser suprida com o início das operações do novo reservatório do Serviço Autônomo Municipal de Água e Saneamento Ambiental (Samasa).
O ato inaugural na manhã desta quarta-feira (23) foi acompanhado por secretários municipais, vereadores, servidores da Prefeitura e do Samasa e por demais convidados. Interligada a antiga caixa de água da Estação de Tratamento de Água (ETA), a nova estrutura em aço de carbono – com capacidade para 300 m³ de água – praticamente duplica o abastecimento na cidade.
Agora com a reservação de 670 mil litros de água, a distribuição pode ser mantida por um período igual ou superior a quatro horas, em caso de pane no sistema. O investimento do Governo de Três Barras, na obra, foi de R$ 319,8 mil.
Desde que a Prefeitura e o Samasa assumiram a responsabilidade sobre os serviços de água e saneamento do município, há quase uma década, foi nesta gestão que efetivamente ocorreram altos investimentos: mais de R$ 1 milhão entre obras e serviços em diversos pontos da cidade.
A iniciativa da prefeitura em construir um novo reservatório foi enaltecida por Diogo Borges, representante da direção da Empresa Brasileira de Saneamento (EBS), que é prestadora de serviços no Samasa. “Quem ganha é a população, pois o abastecimento de água terá mais autonomia, segurança e qualidade”, comentou.
Gestor de operações da EBS no município, Osmar Cordeiro disse que a capacidade de reservação que antes ficava em torno de 15% nos horários de pico de consumo de água, agora passa a 50%.
Ele também fez referência aos investimentos realizados na instalação de um macromedidor na ETA, que visa diminuir os índices de desperdício de água durante a distribuição, como também do sistema de telemetria, que apura e oportuniza correções imediatas a possíveis falhas no processo de captação, tratamento e abastecimento.
Presidente da Câmara, vereador Fabiano Mendes (Bano) destacou a importância do investimento e das melhorias realizadas na ETA pela atual gestão. “Obras como essa demonstram que há respeito com o dinheiro público”, observou.
Mesmo entendendo que há ainda muito por fazer, principalmente no distrito de São Cristóvão que é abastecido pela Casan de Canoinhas, vice-prefeito Gilson Nagano afirmou que são notórios os avanços nos serviços de distribuição de água na cidade. “Falo isso não como governante, mas sim como usuário”, acrescentou.
Melhorias
Com o apoio do Governo do Município, a gestão do Samasa vem constantemente investindo na ampliação da rede de abastecimento, levando água para locais que até então não eram atendidos.
Responsável por aumentar a pressão da rede de água, booster (conjunto de moto bomba) melhorou a distribuição nas regiões mais altas do São Cristóvão, a partir dos reservatórios fixados ao lado da Intendência Distrital.
Em pouco mais de dois anos, recursos também foram aplicados na melhoria e modernização dos equipamentos de captação no Rio Negro, assim como naqueles de tratamento e fornecimento de água, como também na compra mensal de água junto à Casan, para ser distribuída no distrito de São Cristóvão. “É um trabalho conjunto e que tem o importante apoio da Prefeitura e da Câmara de Vereadores, e que nos deram o respaldo necessário para que pudéssemos executar todas essas melhorias”, avaliou o presidente do Samasa, Ernani Wogeinaki.
Prefeito Luiz Shimoguiri defendeu o auxílio financeiro do município nas obras da autarquia, tendo em vista que apenas 10% do faturamento mensal do Samasa sobram para os investimentos. “E entre as diversas prioridades que esta administração tem, o fornecimento de água é uma delas”, lembrou.
Esclarecimentos
Na ocasião o prefeito ainda alfinetou a gestão anterior do Samasa que, segundo ele, priorizou a construção de uma churrasqueira, conhecida como costelódromo, e também de um quiosque na própria ETA, ao invés de utilizar os recursos em obras e serviços em prol da comunidade. “Foram quase R$ 150 mil aplicados nisso e nenhum investimento de vulto em ampliação de rede ou até construção de um novo reservatório, por exemplo”, comparou.
Sobre a revisão prevista para a tarifa do serviço de abastecimento de água, Shimoguiri informou que o índice de 5,32% é bem inferior aos reajustes praticados pela gestão anterior. “Aqueles que hoje criticam, foram os mesmos que anos atrás criaram a lei (municipal) que autoriza essas revisões anuais”, disse, ao referir-se ao ingresso do município no consórcio da Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento (Aris), através da Lei n° 2.982 de 08 de agosto de 2011.
A adesão do município a Aris teve a chancela do ex-prefeito municipal. Na época da assinatura do protocolo de intenções, o então diretor executivo do Samasa tinha pleno conhecimento de todos os itens contidos no documento, inclusive o qual define a Aris como a responsável por determinar os reajustes anuais.