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Capacitação sobre uso da água e do solo para o setor da agropecuária: oportunidade e responsabilidades

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A Universidade do Contestado (UNC), por meio da equipe de elaboração do Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Canoinhas e Afluentes Catarinenses do Rio Negro (PRH-CARN), do Comitê de Bacias Hidrográficas do Rio Canoinhas e Afluentes do Negro e de instituições parceiras, realizou no dia 7 de junho do corrente ano, de forma virtual, das 9 horas às 11 horas, mais uma importante etapa do Plano de Recursos Hídricos da referida Bacia.

 

 

 

Foi realizada a capacitação para o setor de agropecuária e a necessária integração entre a gestão da água e o uso do solo, com o objetivo de habilitar os representantes das organizações-membros do Comitê de Bacia (técnicos do setor agropecuário, extensão rural, cooperativas, agroindústrias, sindicatos e usuários de recursos hídricos) e a população em geral sobre o tema “A importância da gestão da água e uso do solo para o desenvolvimento agropecuário”.

 

 

A referida capacitação integra o Plano de Atividades da Bolsa de Desenvolvimento Tecnológico Industrial – DTI –, firmado entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e a Fundação Universidade do Contestado, atrelada ao Termo de Outorga 2021TR001182, em parceria e apoio do Comitê Rio Canoinhas e Afluentes Catarinenses do Rio Negro e da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE).

 

 

 

Atuaram como instrutores a bolsista Alessandra Kieling (engenheira agrônoma e bolsista da Fapesc, PRH-CARN) e o pesquisador Sérgio Cardoso (geólogo/PRH-CARN), com a moderação/condução do pesquisador Murilo Anzanello Nichele. A capacitação, que envolveu aproximadamente 100 participantes de diferentes regiões do Estado, especialmente do Território do Planalto Norte Catarinense, foi pensada carinhosamente para uma das principais atividades econômicas desse território que inclui a Bacia Hidrográfica do Rio Canoinhas e Afluentes Catarinenses do Negro, que é a agropecuária, por ser uma das atividades econômicas que mais se expande e cresce em termos de produtividade e competitividade. Paralelamente, tal atividade é representativa, pois, além de ser responsável pela grande demanda de água, gera impactos ou passivos ambientais em seus processos produtivos.

 

 

 

 

Por essa razão, a capacitação foi oferecida de maneira intencional e direcionada para esse setor, que é estratégico economicamente e que tem profunda relação com o uso da terra e das águas. Nesse sentido, sempre é bom frisar que tudo o que fizermos dentro de uma bacia hidrográfica repercutirá na quantidade e na qualidade das águas desta mesma bacia. Por este motivo, entendemos que essa capacitação foi entendida, apreendida e assumida com intensidade, mas, sobretudo, como uma oportunidade de qualificação a todos os interessados ou vinculados às referidas atividades econômicas, visto que as pessoas vivem, trabalham e desempenham suas relações de vida constantemente numa bacia hidrográfica. Vale salientar que este treinamento foi direcionado e intencionado especialmente para os formados nos Cursos Técnicos (Agrícola ou Agropecuária), aos que estão vinculados e trabalham com a agricultura e com o agronegócio, ou, então, aos que atuam diretamente no espaço rural.

 

 

 

 

 

Além disso, possibilitou preparar os participantes para as atividades e etapas seguintes, especialmente das oficinas participativas de proposta e definição do enquadramento dos corpos hídricos e daquelas que definirão os critérios de outorga dos direitos de uso da água e de cobrança pelo seu uso. Esse processo, que acontece de modo dialogado, também se caracteriza como um pacto democrático e consciente entre os diferentes setores e agentes estratégicos do território, a considerar o uso e a gestão dos recursos hídricos em um cenário de curto, médio e longo prazos (15 anos), respaldado nos aspectos econômicos, sociais e ambientais.

 

 

 

Ao mesmo tempo, portanto, que essa capacitação foi uma oportunidade, também aponta para a responsabilidade acadêmica, social, econômica e ambiental de cada participante, por ter sido marcada por reflexões, apropriações de conhecimentos e informações para que, posteriormente, possam ser transformadas em ações de cuidado com os bens naturais, especialmente com a terra e as águas. Que demais movimentos como este possam motivar inquietações ambientais na vida das pessoas e melhorar nossas relações com o ambiente, para determinar maior produção, renda, bem-estar humano e animal – aquilo que entendemos ser desenvolvimento regional. Cabe aqui como exemplo a importância do uso e do manejo cuidadoso dos solos em uma propriedade, visto que a sua utilização poderá implicar na quantidade e na qualidade das águas superficiais e subterrâneas.

 

 

 

 

Por isso, a importância de perceber e investir na bacia hidrográfica como unidade retentora e, consequentemente, produtora de água, e não somente como unidade de escoamento das águas. Como bem destacou o professor Jairo Marchesan, da Universidade do Contestado e coordenador do Projeto, “A capacitação ofereceu conhecimentos, informações e reflexões sobre as atividades econômicas agropecuárias realizadas no Planalto Norte Catarinense e as suas ínfimas relações de dependência com as águas superficiais e subterrâneas.

 

 

 

 

Agora, espera-se que possam ser transformadas em ações de cuidado com os bens naturais, especialmente os solos e as águas”. Aproveitamos a oportunidade para convidar a todos, especialmente os representantes das organizações-membros do Comitê de bacia, concessionárias de abastecimento de água e esgotamento sanitário, técnicos da área, usuários de água e população em geral e demais pessoas interessadas a participarem da segunda capacitação, que ocorrerá no próximo dia 30 de junho, a partir das 14 horas, via Google Meet, com o tema “Saneamento Básico: conceitos e panorama da Bacia Hidrográfica do Rio Canoinhas e Afluentes Catarinenses do Rio Negro”.

 

 

 

Dr. Jairo Marchesan – Coordenador do Projeto do Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Canoinhas e Afluentes Catarinenses do Rio Negro e Docente da Universidade do Contestado (UnC). E-mail: [email protected]

André Leão – Engenheiro Sanitarista e Ambiental, Especialista Engenheiro de Segurança do Trabalho e Pesquisador do Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Canoinhas e Afluentes Catarinenses do Rio Negro.

Rafael Leão – Engenheiro Sanitarista e Ambiental, Especialista em Desenvolvimento Regional e Pesquisador do Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Canoinhas e Afluentes Catarinenses do Rio Negro.

Murilo Anzanello Nichele – Biólogo, Especialista em Desenvolvimento Regional e Pesquisador – Processos Participativos do Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Canoinhas e Afluentes Catarinenses do Rio Negro.

Vilmar Comassetto – Engenheiro Agrônomo e Pesquisador do Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Canoinhas e Afluentes Catarinenses do Rio Negro.

Sérgio Cardoso – Geólogo e Pesquisador do Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Canoinhas e Afluentes Catarinenses do Rio Negro.

Alessandra Kieling – Engenheira Agrônoma e Bolsista do Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Canoinhas e Afluentes Catarinenses do Rio Negro.

Equipe Gazeta
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